Funileiro é preso e diz ter comido carne de homem que decapitou em Coxim

Antes de ser decapitada, vítima envolveu-se em uma briga e foi morta com 16 golpes de facão, um deles no coração
07/05/2019 20:38 Policial
Agnaldo dos Santos Miranda, de 28 anos, disse não estar arrependido de ter cometido o crime. (Foto: PC de Souza/Edição MS)
Agnaldo dos Santos Miranda, de 28 anos, disse não estar arrependido de ter cometido o crime. (Foto: PC de Souza/Edição MS)

O funileiro Agnaldo dos Santos Miranda, de 28 anos, admitiu ter decapitado Eliel de Jesus, de 44 anos, encontrado morto em uma rua vicinal na madrugada desta segunda-feira (6), no Bairro Nova Coxim, em Coxim, cidade a 260 quilômetros de Campo Grande. À polícia, o homem ainda detalhou que após arrancar a cabeça da vítima ele cortou um pedaço da carne do pescoço e comeu.

O autor foi preso ainda ontem enquanto chegava a uma conveniência da Rua Gaspar Ries Coelho, onde compraria fumo. Ozias Gomes de Lima, de 48 anos, também foi preso acusado de envolvimento no crime. 

Os detalhes da investigação foram divulgados em coletiva de imprensa, esta tarde (07) concedida pelos três delegados de Coxim – Silvia Elaine Girardi Menck, Felipe de Oliveira Paiva e Fernando Ferreira Dantas.

De acordo com a Polícia Civil, inicialmente, Miranda negou o envolvimento com a morte, mas depois acabou dando detalhes do crime. Segundo ele, tudo começou com um briga.

Ozias e Eliel estariam juntos e começaram a oferecer drogas ao suspeito. Miranda teria negado, mas a dupla continuou insistindo. Durante uma das tentativas da vítima em tentar fazer o suspeito consumir drogas, teve inicio um desentendimento. Ele usou um facão para matar o homem.

Aos investigadores o suspeito disse que não se lembrava quantos golpes deu em Eliel  antes de decapitá-lo, contudo, a necropsia apontou 16 perfurações, uma delas no coração. Ainda conforme o site Edição MS, ao relatar o crime aos investigadores, Agnaldo fez questão de ressaltar que foi um facada certeira no peito da vítima, comparando a situação a morte de algum animal. “Quando se quer matar porco e boi tem que ir direto no coração, sem piedade”, teria dito.

Depois de matar a vítima ele cortou a cabeça de Eliel, supostamente arrancou um pedaço de carne, comeu e em seguida deixou o membro na varanda da casa de Ozias. Ele teria ido ao local para tentar matar o outro envolvido, mas ao notar que ele não estava na residência, voltou para sua casa, dormiu e foi trabalhar normalmente pela manhã. A polícia suspeita que Ozias também tenha atingido a vítima.

Ele disse que não aceitou as drogas, pois está tentado vencer o vício, depois de perder a mulher e 4 filhos devido ao uso de drogas. Agnaldo disse que não está arrependido do crime e inclusive colaborou com a investigação depois que foi preso, mostrando até onde tinha escondido o facão usado para decapitar a vítima. Ele vai responder por homicídio qualificado.

Poucas horas depois de prender o suspeito, a polícia encontrou Ozeias escondido na zona rural de Coxim. Ele já havia sido preso várias vezes por tráfico de drogas e vai responder mais uma vez pelo crime e associação para o tráfico de entorpecentes.

No final da tarde desta terça-feira (7), os três delegados de Coxim – Silvia Elaine Girardi Menck, Felipe de Oliveira Paiva e Fernando Ferreira Dantas – deram entrevista coletiva sobre a investigação que levou a prisão da dupla.

Fonte: Adriano Fernandes / Campo Grandes News

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