Governo abre apuração paralela sobre corrupção em agência penitenciária

28/01/2017 01:27 Policial

Horas depois de a Operação Girve - deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que tem como alvo a diretoria da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) - fazer diligências em três cidades, o Governo de Mato Grosso do Sul divulgou nota, na tarde desta sexta-feira (27), informando que abriu investigação paralela para apurar os fatos investigados pelo MPE (Ministério Público Estadual).

Conforme o documento, "a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Público) instaurou procedimento administrativo para apuração de eventuais ilícitos e/ou irregularidades no âmbito da Agepen, sem prejuízo dos desdobramentos judiciais."

Ainda de acordo com a nota, o Governo considera importante e respalda a ação do Gaeco, e “reafirma, também, a adoção de todas as ferramentas de fiscalização, combate à corrupção e ações de transparência, para fiel cumprimento das leis e respeito à sociedade.”

Operação - Batizada de GIRVE, em alusão ao curso curso de treinamento para intervenção rápida, contenção, vigilância e escolta do sistema penitenciário, sob suspeita do Gaeco, a ação realizada na manhã desta sexta-feira (27), apreendeu os celulares do presidente da agência, Ailton Stropa, e de diretores. Na residência de um deles, foi apreendido R$ 90 mil em dinheiro.

De acordo com nota do MPE (Ministério Público Estadual), foram alvos de “busca e apreensão os titulares da Presidência da AGEPEN, da Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP), da chefia da Divisão de Estabelecimentos Penais (DEP), da Diretoria de Operações (DOP) e a Chefia de Divisão de Trabalho”.

Os mandados foram cumpridos nas residências dos diretores investigados, localizadas em Aquidauana, Dourados e Campo Grande, e no local de trabalho. O Gaeco investiga irregularidades durante a realização do GIRVE – Curso de treinamento para intervenção rápida, contenção, vigilância e escolta do sistema penitenciário. O curso foi realizado em abril de 2016 na Capital.

As ordens para busca e apreensão são do juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, o Carlos Alberto Garcete de Almeida. São investigados os crimes de peculato, falsidade documental e corrupção envolvendo diretores da Agepen.

A coordenadora do Gaeco, promotora Cristiane Mourão, deixou a agência às 9h30 e o diretor-presidente acompanha o trabalho. No período da manhã, um chaveiro foi chamado ao local, no bairro Coronel Antonino, para abrir um cofre.

Xadrez - Na última segunda-feira (dia 23), a operação Xadrez cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e nove de prisão temporária. A ação foi resultado de uma investigação por tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção, peculato e falsidade documental em Corumbá, localizada a 419 quilômetros de Campo Grande. Foram presos os diretores dos presídios de regime fechado e aberto.

Fonte: Por Luana Rodrigues, do Campo Grande News

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