Homem comete suicídio em Itaporã

Homem cometeu ato dentro da residência onde morava, no bairro Lagoa
20/02/2019 22:47 Policial
Residência onde homem cometeu o ato. Foto: Rafael Campos/Diário Itaporã.
Residência onde homem cometeu o ato. Foto: Rafael Campos/Diário Itaporã.

Na quarta-feira (20), aproximadamente, às 17h20, Marcos de Oliveira, de 27 anos, foi encontrado enforcado com uma corda na cozinha da residência onde morava, na rua Jerônimo Garcia do Nascimento, no bairro Lagoa, em Itaporã.

A Polícia Militar de Itaporã esteve na residência preservando o local do fato, e acionou a Polícia Civil de Itaporã e a Perícia Técnica para apurar as informações relacionadas ao fato.

O corpo foi removido do local pela Funerária Pax Primavera e, devido a necropsia, será disponibilizado à família para velório e sepultamento nesta quinta-feira (21). O velório será realizado na Capela Municipal Menino Jesus, e o sepultamento no Cemitério Cristo Redentor (Novo), sem horários definidos.

Até pouco tempo a Redação do iFato adotava a conduta de não repercutir casos de suicídio por parecer que quanto mais fala, mais encoraja pessoas que estão pensando em cometer o ato. Mesmo ainda sendo indigesto para nós, pesquisadores afirmam que o problema começará a ser resolvido com o rompimento do silêncio. “Temos de quebrar esse ‘Tabu do Suicídio’, temos que desconstruir essa história de que não se pode falar do assunto. Uma dor compartilhada dói menos”, pontuou o professor Edilson dos Reis, coordenador do curso de prevenção ao suicídio na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso Sul).

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), suicídio é a segunda maior causa das mortes entre os 10 e 19 anos. Em épocas festivas, principalmente próximo ao Natal e Ano Novo, os casos se intensificam. Em 2017, por exemplo, o Corpo de Bombeiros de Campo Grande atendeu 925 tentativas de suicídio.

Ainda conforme o OMS, o Brasil se encaixa no 8º lugar no ranking, mas ainda assim cerca de 100 mil leitos psiquiátricos estão fechados. Em Campo Grande, o setor de psiquiatria da Santa Casa, que era um grande local de acolhimento de pessoas que precisam de acompanhamento médico e de internação, não existe mais. Para Reis, a Capital precisa criar espaços de “circulação de palavras”.

Enquanto o espaço não é criado, as vítimas de depressão e demais sofrimentos psicológicos podem buscar ajuda em escolas-clínicas de psicologia, Caps e pelos telefones 141 e 188 CVV (Centro de Valorização da Vida), 190 da PM e 193 dos Bombeiros, que ajudam pacientes a romper o silêncio.

A equipe do iFato externa sentimentos de apoio e condolências à familiares e amigos de Marcos.

Fonte: Aislan Nonato, do iFato

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