Indígenas cobram segurança durante velório de jovem e acusam milícias por violência
Lideranças indígenas mostraram revolta durante o velório do adolescente Tiago Ortiz Machado, 14, assassinado com um tiro no ouvido esquerdo na noite de sábado (6) na Aldeia Bororó, Reserva Indígena de Dourados. Eles contestam o trabalho da FNS (Força Nacional de Segurança) e acusam milícias de atuarem de maneira imprópria na área.
“A Força Nacional é devagar, demora para realizar os atendimentos e ficamos reféns desses grupos que fazem a segurança por conta”, comentou por telefone um indígena que participava do velório do jovem e não se identificou.
A segurança na região sempre foi cobrada pela população e na noite do crime, segundo a polícia, a vítima caminhava na companhia do irmão de 17 anos, quando, próximo de uma igreja, foram abordados por Celso Savala, 50, acompanhado por mais dois seguranças da capitania da aldeia. Savala é o acusado de ter efetuado o disparo e acabou preso e encaminhado para o 1º Distrito Policial.
“Vamos realizar movimentações a fim de chamar o governo e os organismos competentes para que voltem suas atenções para nós. Não temos segurança”, finalizou.
Na data do ocorrido, o irmão da vitima disse que os adolescentes foram abordados por estarem levando uma barra de ferro e uma corrente. Logo em seguida, ouviu um tiro e notou o irmão caído.
Na delegacia, o acusado disse que efetuou o disparo após ser atacado pelo adolescente.
Fonte: Dourados News
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