Índios "sequestram" armamento e PM coloca 150 homens de prontidão para agir

14/06/2016 19:29 Policial
Policiais militares que estavam de folga foram colocados de prontidão - Foto: Osvaldo Duarte/DouradosNews
Policiais militares que estavam de folga foram colocados de prontidão - Foto: Osvaldo Duarte/DouradosNews

Os índios que fizeram policiais reféns durante conflito em Caarapó ainda estão de posse da viatura e armamento do 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar). O comando do órgão está no local para negociar com os indígenas e, caso não haja devolução dos equipamentos de forma amigável, uma equipe será colocada em ação.

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Foram acionados 150 policias militares que estavam de folga. Eles estão neste momento de prontidão na sede do 3º BPM em Dourados (que é responsável pela área de Caarapó), para seguir à área de conflito se acionados pelo comando.

Os policiais ficaram reféns dos índios por pelo menos duas horas na tarde desta terça-feira (14), do meio-dia às 14h. Eles foram liberados após resgate, porém apresentam várias marcas de agressão, relembre aqui.

Os militares agredidos foram até o local que fica nas imediações da Fazenda Ivu e aldeia Tey Kuê porque havia conflito entre índios e produtores rurais, com pessoas feridas na manhã desta terça-feira. O agente de saúde indígena e filho do vice capitão da aldeia, Clodioldo Adileu Rodrigues de Souza, 20, morreu e mais sete pessoas teriam ficado feridas, relembre aqui.

O conflito na área teria começado na noite de domingo (12), quando um funcionário da Fazenda Ivu teria dito ao proprietário rural que foi ameaçado por um índio ao tentar chegar à propriedade. Na manhã de segunda-feira (13), o dono da fazenda foi à Polícia Civil para registrar a ocorrência do caso. No período da tarde, índios bloquearam a estrada que dá acesso à aldeia e à fazenda.

Segundo nota divulgada pelo movimento Aty Guassu em sua página na rede social Facebook os índios foram atacados a tiros por "mais de 70 fazendeiros e seus pistoleiros" na manhã desta terça-feira. Conforme a nota, o ataque teria acontecido por volta das 9h. O movimento alega que são 10 índios feridos no confronto e um líder (que seria Clodioldo) foi morto na hora ao ser atingido por um tiro na cabeça. Eles alegam que o confronto acontece na Tekoha Teyi Jusu-Caarapó, terra que consideram área indígena e reivindicam demarcação.

 

Fonte: Fabiane Dorta e Osvaldo Duarte, do Dourados News

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