Índios "sequestram" armamento e PM coloca 150 homens de prontidão para agir
Policiais militares que estavam de folga foram colocados de prontidão - Foto: Osvaldo Duarte/DouradosNews
Os índios que fizeram policiais reféns durante conflito em Caarapó ainda estão de posse da viatura e armamento do 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar). O comando do órgão está no local para negociar com os indígenas e, caso não haja devolução dos equipamentos de forma amigável, uma equipe será colocada em ação.
Foram acionados 150 policias militares que estavam de folga. Eles estão neste momento de prontidão na sede do 3º BPM em Dourados (que é responsável pela área de Caarapó), para seguir à área de conflito se acionados pelo comando.
Os policiais ficaram reféns dos índios por pelo menos duas horas na tarde desta terça-feira (14), do meio-dia às 14h. Eles foram liberados após resgate, porém apresentam várias marcas de agressão, relembre aqui.
Os militares agredidos foram até o local que fica nas imediações da Fazenda Ivu e aldeia Tey Kuê porque havia conflito entre índios e produtores rurais, com pessoas feridas na manhã desta terça-feira. O agente de saúde indígena e filho do vice capitão da aldeia, Clodioldo Adileu Rodrigues de Souza, 20, morreu e mais sete pessoas teriam ficado feridas, relembre aqui.
O conflito na área teria começado na noite de domingo (12), quando um funcionário da Fazenda Ivu teria dito ao proprietário rural que foi ameaçado por um índio ao tentar chegar à propriedade. Na manhã de segunda-feira (13), o dono da fazenda foi à Polícia Civil para registrar a ocorrência do caso. No período da tarde, índios bloquearam a estrada que dá acesso à aldeia e à fazenda.
Segundo nota divulgada pelo movimento Aty Guassu em sua página na rede social Facebook os índios foram atacados a tiros por "mais de 70 fazendeiros e seus pistoleiros" na manhã desta terça-feira. Conforme a nota, o ataque teria acontecido por volta das 9h. O movimento alega que são 10 índios feridos no confronto e um líder (que seria Clodioldo) foi morto na hora ao ser atingido por um tiro na cabeça. Eles alegam que o confronto acontece na Tekoha Teyi Jusu-Caarapó, terra que consideram área indígena e reivindicam demarcação.
Fonte: Fabiane Dorta e Osvaldo Duarte, do Dourados News
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