Isolados, produtores temem por invasão e massacre em fazenda

28/06/2015 22:29 Policial
A foto é da segunda-feira (22), após a invasão. (Fotos: Divulgação). Divulgação
A foto é da segunda-feira (22), após a invasão. (Fotos: Divulgação). Divulgação

Isolados, desarmados e sem proteção efetiva do estado, produtores rurais que ocupam a sede da Fazenda Madama, situada entre os municípios de Amambai e Coronel Sapucaia, temem por confronto com indígenas e um derramamento de sangue no decorrer da noite desse domingo (28) e a manhã desta segunda-feira, dia 29 de junho.

A propriedade foi invadida na madrugada de segunda-feira, dia 22 de junho, por grupos indígenas e retomada pelos produtores rurais no meio da semana.

Desde então um grupo de produtores mantém acampamento na sede da fazenda para evitar que uma nova invasão ocorra.

Acontece, segundo os produtores, que no decorrer desse domingo, dia 28, os invasores passaram a promover movimentações hostis, inclusive bloqueando estradas de acesso a propriedade.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Sete Quedas, o também produtor rural Orlando Vendramini, que está na Fazenda Madama em apoio aos produtores ali acampados, o clima é extremamente tenso na região.

“Estamos desarmados e sem condições de se defender. Eles estão armados e agindo em tons ameaçadores. Precisamos de segurança para evitar um possível confronto e derramamento de sangue”, disse Vendramini.

Força Nacional não está no local
Ao contrário do que o Governo Federal divulgou na imprensa, as equipes da Força Nacional de Segurança que foram enviadas para Amambai, segundo o governo, para manter equipe no local de conflito e evitar novos confrontos, na realidade não está fazendo esse papel.

As equipes estão baseadas cidade, em Amambai, distante mais de 20 quilômetros do local da área em conflito e apenas fazem rondas esporádicas na região.

Segundo o comandante da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar, com sede em Amambai, Major Josafá Dominoni, que tem acompanhado e monitorado toda a ação na região, a Força Nacional não pode manter uma equipe permanente no interior da fazenda por se tratar de propriedade particular.

Segundo o comandante militar o trabalho preventivo está sendo realizado de forma permanente com o patrulhamento da região, porém as viaturas trafegam em áreas de domínio público, no caso as estradas, mas estão prontas para intervir de forma imediata no caso de um possível confronto.

Segundo Josafá Dominoni, uma das saídas para manter a segurança pessoal dentro da propriedade rural seria a contratação, por parte dos produtores, de empresa de segurança particular.

 

Fonte: Vilson Nascimento, da Gazeta News

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