Justiça prende 12 prefeitos suspeitos de fraudar licitação de remédios

16/10/2013 09:20 Policial
Fernanda Borges/G1.
Fernanda Borges/G1.

Doze prefeitos goianos foram presos durante a Operação Tarja Preta, deflagrada na manhã desta terça-feira (15) pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Eles são suspeitos de participar de fraudes em licitações para a compra de medicamentos. “Até agora sabemos que o esquema movimentou, só neste ano, cerca de R$ 15 milhões de recursos públicos”, explicou o procurador-geral de justiça de Goiás, Lauro Machado Borges.

No total, 27 mandados de prisão foram cumpridos em 19 municípios do estado e nas cidades de Barra dos Garças e Pontal do Araguaia, no Mato Grosso. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) expediu mandados de prisão temporária (cinco dias) para os prefeitos, que foram levados no fim da tarde para o Núcleo de Custódia de Goiânia.

Os presos administram as cidades de Aragarças, Carmo do Rio Verde, Inaciolândia, Rialma, Uruana, Corumbaíba, Cromínia, Perolândia, Aloândia, Araguapaz, Piranhas. Já em Pires do Rio foi efetuada a prisão do ex-prefeito. Além deles, também foram presos na operação seis secretários municipais, empresários e advogados.

Com os investigados, foram apreendidos cerca de 20 malotes de documentos que serão periciados pelo MP-GO. Entre eles estão licitações, notas ficais e R$ 56 mil em dinheiro. "Agora essas provas serão analisadas e tudo indica que os valores movimentados pelo grupo criminoso vai aumentar", ressaltou o procurador-geral.

Mandados de prisão

Com o apoio da Polícia Militar, o MP cumpriu 123 mandados em 27 cidades, a maioria em Goiás e duas em Mato Grosso. Além de prefeitos, as diligências atingem secretários de saúde, funcionários da administração pública, empresários e advogados.

Entre os madados, são 38 de prisão temporária, 37 de condução coercitiva e 48 de busca e apreensão. De acordo com a promotoria, a organização criminosa era investigada há mais de um ano. Eles são suspeitos de formação de cartel, peculato, corrupção, indevida dispensa de licitação, falsificação de documentos e de lavagem de dinheiro.

De acordo com MP, um escritório de advocacia de Goiânia chamava distribuidoras de medicamentos para participar do esquema. Esse escritório montava os processos para a concorrência pública, indicando aquela que venceria a licitação como menor preço, já supefaturado.

A Operação Tarja Preta iniciou por volta das 5 horas da manhã. Participam 70 promotores de Justiça e 386 agentes da PM de Goiás e do Mato Grosso.

Fonte: G1

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