Mãe diz que padrasto pode ter matado o menino Joaquim

26/11/2013 09:10 Policial

O padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, o técnico em TI Guilherme Longo, deve prestar novo depoimento à polícia nesta terça-feira (26), na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto (SP). A decisão do delgado Paulo Henrique Martins de Castro de ouvir Longo novamente aconteceu porque a mãe do garoto, a psicóloga Natália Ponte, disse pela primeira vez à polícia que acredita que o marido pode ter matado a criança.
Principal suspeito do crime, Longo permanece preso na Delegacia Seccional de Barretos (SP) há 16 dias, desde que o corpo de Joaquim foi encontrado boiando no Rio Pardo. A expectativa é que ele seja levado de Barretos para Ribeirão ainda durante a manhã de terça-feira.

Natália também está presa, mas na cadeia feminina de Franca (SP). O casal deve continuar detido, pelo menos, até o dia 10 de dezembro, quando vence o prazo da prisão temporária por 30 dias, expedida pela Justiça. Eles alegam inocência.

Durante o último depoimento de Natália, no dia 18 de novembro, o delegado perguntou à psicóloga se, diante de todos os fatos - de que o marido era ciumento e agressivo -, ela acreditava que Longo pudesse ser o autor do homicídio que vitimou Joaquim. À polícia, a mãe do garoto confirmou que o marido possa ter matado o filho.

O promotor Marcus Túlio Nicolino disse que a declaração é importante para ajudar a polícia a elucidar o caso. Segundo Nicolino, a acusação de Natália esclarece a motivação do crime, já que ela descreve Longo como uma pessoa ciumenta em relação a Joaquim. No entanto, o promotor afirma que o Ministério Público e a Polícia Civil ainda precisam obter mais informações sobre a forma como a criança foi morta.

Investigação

Ainda nesta terça-feira devem ser ouvidos os dois policiais militares que foram os primeiros a chegar à casa da família, após a PM ser informada sobre sumiço do garoto, na manhã de 5 de novembro. Os agentes não se apresentaram na DIG na segunda-feira (25), conforme estava previsto, porque a intimação só foi expedida no final da tarde.

Até o fim da semana, Castro também espera receber o resultado dos testes toxicológicos feitos nos órgãos e no sangue da criança. O exame foi solicitado porque o laudo inicial apontou que as únicas lesões encontradas na pele foram em decorrência dos dias em que o corpo foi arrastado pelo rio. Além disso, não foi encontrada água nos pulmões de Joaquim, o que indica que não houve morte por afogamento.

O delegado também aguarda o relatório completo das ligações telefônicas recebidas e efetuadas pela mãe do garoto, a psicóloga Natália Ponte, e pelo padrasto, o técnico em TI Guilherme Longo, e por outros dois familiares próximos ao casal. As bilhetagens devem ser entregues ainda esta semana. Castro também solicitou a quebra do sigilo telefônico de outras pessoas ligadas à família, mas ainda não recebeu a decisão da Justiça sobre o pedido.

Fonte: G1

COMENTÁRIOS

Usando sua conta do Facebook para comentar, você estará sujeito aos termos de uso e politicas de privacidade do Facebook. Seu nome no Facebook, Foto e outras informações pessoais que você deixou como públicas, irão aparecer no seu comentário e poderão ser usadas nas plataformas do iFato.