Mãe que não impediu tortura e assassinato de filho de um ano está prestes a sair da cadeia

30/09/2013 08:54 Policial
Reprodução/Daily Mail.
Reprodução/Daily Mail.

Tracey Connelly, presa em 2009 por não ter impedido a tortura e o assassinato de seu filho de um ano pelo namorado e pelo cunhado pedófilo, poderá sair da cadeia a qualquer momento.

Segundo depoimentos ao Sunday Mirror, a Justiça britânica considera que Tracy, 32 anos, “não oferece mais riscos à sociedade”.

A mãe dela, Mary O’Connor, disse que a filha jamais poderia ser libertada por assistir aos maus-tratos ao neto, Peter.

Tracy cumpre pena por tempo indeterminado no presídio Low Newton, em Brasside, no condado de Durham.

De acordo com fontes, a única maneira de manter Tracy presa seria se houvesse ameaças à vida dela.

A falta de locais adequados para abrigar Tracy poderia mantê-la na prisão por mais alguns dias depois da soltura, porém, ela pode ser libertada a qualquer momento, informou o Sunday Mirror.

O garotinho foi encontrado morto na cama, manchado de sangue, no apartamento da mãe, em agosto de 2007, depois de sofrer várias torturas aplicadas por Steven Barker, namorado de Tracy, e pelo irmão dele, o pedófilo Jason Owen. O bebê teve as costas quebradas, costelas machucadas e as unhas arrancadas, entre outros maus-tratos.

A notícia da possível soltura de Tracy foi recebida com horror pela mãe dela, de 63 anos. Para ela, a filha deveria ficar presa para sempre.

— Mesmo que ela seja libertada, nunca mais quero vê-la. Ela está fora da minha vida.

A tortura de Peter passou despercebida pelos assistentes sociais. O garotinho e os pequenos irmãos estavam no registro de proteção à criança do bairro londrino de Haringey. A família foi visitada 60 vezes, mas nenhum funcionário percebeu o estado das crianças.

Sharon Shoesmith, que era responsável pelas crianças em Haringey, travou uma grande batalha para se esquivar da acusação de negligência. Ela lamentou a morte de Peter, mas nunca se desculpou pelas falhas do departamento onde trabalhava.

Os autores do crime, Barker e Owen, foram condenados por provocar a morte de Peter.

Fonte: R7

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