Metralhado na Capital era informante de executores de Rafaat

A vítima levava consigo mais de 241 mil reais; os veículos envolvidos no atentado foram encontrados incendiados
26/10/2018 22:01 Policial
Foto: Reprodução
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Orlando da Silva Fernandes, o “Bomba” de 41 anos, executado a tiros de fuzil na noite desta sexta-feira (26) na Rua Enramada, no Jardim Autonomista, seria o responsável por entregar a rotina do narcotraficante Jorge Rafaat aos seus executores. O crime aconteceu em junho de 2016 em Pedro Juan Caballero.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, na época da execução, “Bomba” era segurança e um dos homens de confiança do narcotraficante. Seria ele o responsável por vender a rotina e também detalhar o esquema de segurança de Jorge Rafaat no dia em que ele foi assassinado a tiros de armamento calibre .50, usado em táticas antiaéreas pelas Forças Armadas.

Minutos depois do crime, “Bomba” ainda teria ido a casa de Rafaat e com a senha de acesso do cofre, roubado uma alta quantia em dinheiro e dez fuzis, mesmo com a família do traficante na residência.

Ainda segundo apurado pela reportagem, o ex-segurança do narcotraficante teria fugido de Dourados ao descobrir um plano de vingança para matá-lo. O crime seria orquestrado por familiares de Rafaat e pela “velha guarda” do crime na fronteira.

A morte de “Bomba” agora é investigada pela DEH (Delegacia de Repressão aos Crimes de Homicídio).

Assassinato - Orlando da Silva Fernandes foi assassinado no início da noite desta sexta-feira (26). Segundo testemunhas, ele havia acabado de deixar uma barbearia da Rua Amazonas e atravessava a rua para chegar a uma caminhonete Toyota Hilux, com placa de Campo Grande, quando foi executado.

Testemunhas relataram ainda, que os suspeitos estariam em um carro branco. Segundo informações preliminares, mais de 40 cartuchos de fuzil 566 foram encontrados no local pela polícia. “Bomba” foi atingido por vários dos disparos na cabeça, tórax e braços. Os tiros também atingiram uma loja de noivas da rua e um Chevrolet Vectra.

"Bomba" levava na carteira R$ 240 mil em cheques e mais R$ 1,247,00 em dinheiro.

Minutos depois, dois veículos que teriam sido usados no crime foram incendiados em diferentes regiões de Campo Grande.

O primeiro veículo, ainda não identificado, foi abandonado e incendiado em uma estrada vicinal atrás da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), no Jardim Seminário. No local, equipes do Corpo de Bombeiros e também da Polícia Militar encontraram ainda várias munições espalhadas pelo chão.

Na segunda ocorrência, o Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar incêndio em veículo no Bairro Rita Vieira. Conforme apurado, o carro, um Hyundai Creta com placa de Poá, município do estado de São Paulo, estava abandonado na Rua Martine de Moraes. Dentro, os militares encontraram um carregador de metralhadora, possivelmente usado no atentado.

Fonte: Geisy Garnes e Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News

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