Ministro da Justiça anuncia núcleos de combate ao tráfico no Brasil; MS terá um
Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, participa de reunião sobre combate ao tráfico nas fronteiras (Foto: Will Soares/G1)
O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou nesta sexta-feira (1º), ao lado dos secretários de Segurança Pública de cinco estados, a criação de núcleos permanentes de inteligência e operações para combater o tráfico de drogas e armas e contrabando nas fronteiras brasileiras.
Os núcleos serão, a princípio, instalados apenas em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas logo devem ganhar unidades em todo o país, segundo o ministro. O anúncio foi feito nesta tarde após um encontro que reuniu representantes do governo dos cinco estados, na sede da Secretaria de Segurança Pública da capital paulista.
As unidades federativas em que os núcleos serão criados primeiramente não foram escolhidos de forma aleatória. De acordo com Moraes, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná foram selecionados por conta da proximidade com Paraguai e Bolívia, de onde vem a maior parte das armas e drogas que entram no país. Já São Paulo e Rio de Janeiro, por serem os maiores consumidores destes produtos.
A medida faz parte de uma nova política de defesa das fronteiras do presidente em exercício Michel Temer, afirmou o ministro. Moraes disse que os núcleos vão integrar, pela primeira vez, o trabalho das polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar. Segundo ele, as forças de segurança federais e estaduais trabalharão em conjunto, unindo informações para um combate mais efetivo ao tráfico e contrabando.
Policiais de cada uma das quatro polícias serão indicados para comporem os núcleos, com prioridade para aqueles que já atuam no setor de inteligência de suas corporações. Moraes disse que as indicações já devem começar na próxima semana e que, em até 15 dias, espera que as unidades já estejam prontas para começar a atuar.
Policiais voltarão à ativa
Além do trabalho de inteligência, o ministro anunciou um reforço no policiamento ostensivo das fronteiras. O Brasil tem cerca de 17 mil km de fronteiras "secas" e a Força Nacional conta com apenas 1,5 mil homens em seu efetivo atualmente. A incompatibilidade dos números, segundo Moraes, não permite a realização de um patrulhamento efetivo nos limites territoriais do país.
Para reforçar este policiamento de fronteira, o governo federal aposta na contratação de policiais inativos, que deixaram de atuar há menos de cinco anos. Conforme informou o ministro, a decisão de recolocar os policiais na ativa foi tomada para evitar que os quadros de segurança das policias estaduais sejam desfalcados com deslocações.
Moraes ressaltou ainda que tudo será pago com recursos federais - tanto a infraestrutura dos futuros núcleos de inteligência quanto as diárias pagas aos policiais até então inativos que atuarão na Força Nacional. Nos 4,5 mil km de fronteiras que são de rios ou lagos, o ministro disse que contará com o apoio da Marinha.
"Não haverá nenhum custo por parte dos estados. O que estamos fazendo é uma otimização das forças policiais. O investimento é pequeno já que já temos as bases e as equipes. Custo quase zero", afirmou ele.
Fonte: Will Soares, do G1
COMENTÁRIOS
Usando sua conta do Facebook para comentar, você estará sujeito aos termos de uso e politicas de privacidade do Facebook. Seu nome no Facebook, Foto e outras informações pessoais que você deixou como públicas, irão aparecer no seu comentário e poderão ser usadas nas plataformas do iFato.