Motorista de aplicativo é sequestrado e categoria protesta em delegacia
Motoristas de aplicativo se reuniram em delegacia para protestar contra onda de violência (Foto: Direto das Ruas)
Um motorista de Uber de 26 anos foi vítima de um sequestro relâmpago na madrugada deste sábado (24), em Campo Grande. Depois de ser acionado para uma corrida falsa, ele foi rendido por três homens armados e levado até um local deserto na saída para Sidrolândia, onde foi deixado.
A vítima acionou colegas por um aplicativo de celular e cerca de cem condutores se reuniram em frente à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga, onde o caso estava sendo registrado, para demonstrar indignação pela violência sofrida pela categoria.
O caso – O motorista percebeu que havia sido atraído para uma cilada ao chegar ao ponto onde deveria pegar os passageiros. Ele viu que nenhum deles havia se identificado, parou para cancelar a corrida, mas não houve tempo: o trio entrou no automóvel.
Um deles sentou no banco do passageiro apontou um revólver e mandou ele seguir em direção à BR-060.
A vítima disse à polícia que os criminosos estavam com seis mochilas grandes e pesadas, mas não conseguiu precisar o que havia dentro. Ao chegar no trecho da rodovia perto do gasoduto, foi forçado a parar.
No local havia um Corolla preto conduzido por um homem com traje social esperando os comparsas. Um deles chegou a pedir que o motorista lhe entregasse dinheiro, mas os demais disseram que o objetivo deles não era cometer o assalto e que havia alguém os esperando.
Eles mandaram a vítima andar alguns minutos para longe do carro e foram embora. Como nenhum pertence foi levado, o caso foi registrado como constrangimento ilegal.
Repercussão – Patrícia Reis, diretora da AMMU (Associação de Motoristas de Mobilidade Urbana) afirma que casos semelhantes, mas que muitas vezes terminam em roubo, são constantes. “Ontem foi um, anteontem foram dois. Isso está acontecendo diariamente. Fora isso temos problemas com tentativas de estupro, há duas semanas uma colega minha viveu isso. A nossa profissão está virando um risco”
Segundo ela, a onda de crimes faz com que muitos trabalhadores deixem de correr durante a noite, com medo da violência. “A nossa segurança está muito precária”.
Fonte: Ricardo Campos Jr. e Bruna Kaspary / Campo Grandes News
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