Operação cumpre 54 mandados contra grupo que cooptava policiais e usava viaturas para o tráfico
O Gaeco contou com o auxílio da Corregedoria da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal durante as investigações - Crédito: Divulgação Gaeco
Operação “Snow” deflagrada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta terça-feira (26/3) mira organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, especialmente cocaína, em Campo Grande. A droga era transportada via caminhões refrigerados e até em viaturas oficiais da polícia.
O cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva (3 alvos já estão custodiados no regime prisional fechado de Mato Grosso do Sul), além de 33 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande e Ponta Porã são estimados na Operação.
De acordo com o MPMS, a organização criminosa, altamente estruturada, com uma rede sofisticada de distribuição, contava com vários integrantes, inclusive com policiais cooptados. Para fazer o translado da droga, o grupo usava empresas de transporte, as quais eram utilizadas também para a lavagem de capitais, ocultando a real origem e destinação dos valores obtidos com o narcotráfico.
O grupo criminoso transportava a droga oculta em meio a uma carga lícita, o que acabava por dificultar bastante a fiscalização policial nas rodovias, principalmente quando se tratava de material resfriado/congelado como carnes, entre outros, já que o baú do caminhão frigorífico viajava lacrado.
Além de usar uma carga lícita como cobertura para transportar a droga, a organização ainda fazia a transferência da propriedade de caminhões entre empresas usadas pelo grupo e os motoristas, desvinculando-os dos reais proprietários, para assim chamarem menos a atenção em eventual fiscalização policial.
As investigações dos trabalhos apontam ainda que foi possível identificar mais duas toneladas de cocaína da organização criminosa, apreendidas em ações policiais.
Uma das maneiras utilizadas pelo grupo para trazer a droga de Ponta Porã até Campo Grande, de onde saía para outros Estados da Federação, era o chamado “frete seguro”, por meio do qual policiais civis transportavam a cocaína em viatura oficial caracterizada, já que, como regra, não era parada.
O Gaeco contou com o auxílio da Corregedoria da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal durante as investigações.
Nesta terça-feira (26), equipes do Batalhão de Choque, da Força Tática e do Batalhão de Operações Especiais, todos da Polícia Militar, além da Corregedoria da Polícia Civil, prestaram apoio operacional ao Gaeco.
Fonte: Da redação / Dourados News
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