Operação terminou com a prisão de dois ex-presidentes da Câmara de Água Clara

Foram aplicadas medidas cautelares ao atual presidente da Casa de não se ausentar da comarca
17/04/2019 18:33 Policial
Operação foi desencadeada ontem em Água Clara e outras três cidades - Crédito: Divulgação
Operação foi desencadeada ontem em Água Clara e outras três cidades - Crédito: Divulgação

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) divulgou balanço da Operação Negócio de Família, ocorrida na terça-feira (16/4), em Água Clara.

Durante a Operação, foram presos dois ex-presidentes da Câmara de Vereadores local, um deles ainda parlamentar com oito mandatos consecutivos. Foram aplicadas medidas cautelares ao atual presidente da Casa de não se ausentar da comarca por mais oito dias e comparecimento em Juízo para justificar atividades, além de ter sido afastada do cargo uma servidora da Câmara.

Em Campo Grande, foram presos dois empresários, sócios das empresas de consultoria envolvidas, um deles ex-contador da Casa de Leis. Foram apreendidas, ainda, três armas de fogo com um dos ex-presidente da Câmara de Água Clara, preso na Operação.

No decorrer das investigações, conduzidas pela Promotoria de Justiça de Água Clara, apurou-se o desvio de verba pública na Câmara Municipal do Município, via elaboração de processos licitatórios fraudulentos para a contratação de assessoria em diversas áreas da gestão pública.

O trabalho de investigação apurou que o desvio do dinheiro público teve início com a elaboração de processos licitatórios fraudulentos, na modalidade carta convite, os quais eram direcionados a empresas pré-determinadas. Sendo assim, a empresa que vencia a licitação não prestava o serviço, porém recebia todos os valores, os quais, posteriormente, eram repassados aos agentes públicos envolvidos.

A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Água Clara e o Gaeco apuraram que a organização atuou por anos desviando valores, que podem chegar a R$ 900 mil, dos cofres da Câmara Municipal de Água Clara. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da comarca de Água Clara.

Fonte: Dourados News

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