Policiais Militares Ambientais de Miranda realizavam patrulhamento na manhã de ontem, dia 29 de janeiro, depois de serem procurados e informados por familiares sobre possível desaparecimento de três pessoas do sexo masculino, que estariam caçando em uma fazenda distante 5 Km da Fundação Bradesco, a 60 km do município de Miranda, desde a última terça-feira, dia 27 de janeiro.

Os policiais iniciaram as buscas e os familiares relataram que os homens estariam caçando na região e que saíram em posse de três armas e cachorros.

Em decorrência da suposta gravidade dos fatos, a família mobilizou vários órgãos de segurança, além de parentes e voluntários, na tentativa de localizá-los, contudo, embora tivessem iniciado as buscas na quarta pela manhã não obtiveram êxito, o que passou a lhes causar maiores preocupações e resolveram procurar a PMA.

Na quinta-feira (29), os policiais ambientais depois de exaustivas buscas pela manhã, juntamente com o Corpo de Bombeiros, localizaram por volta das 11h20 os desaparecidos. Os homens depois de quase 50 horas sem água e sem alimentação encontravam-se extremamente debilitados e estavam em uma propriedade relativamente distante, localizada aos fundos da fazenda em que estariam parados, totalmente desorientados.

Um deles tinha 54 anos, capataz da fazenda, natural de Aquidauana; outro tinha 20 anos, residente em Anastácio e o outro tinha 26 anos, residente em Campo Grande, estes últimos trabalhavam em uma fazenda vizinha distante, 15 km do local onde praticavam a caça.

Depois de serem verificadas suas condições físicas, ao serem indagados sobre o ocorrido, confessaram estarem praticando caça predatória e após buscas nas imediações do local os policiais encontraram as três armas e os cartuchos, os quais os infratores teriam ocultado. Foram apreendidos: duas espingardas calibre 36 e uma calibre 22, além de duas facas e três cartuchos deflagrados.

Na oportunidade, os infratores informaram aos policiais ambientais de não terem abatido nenhum animal silvestre, mas que perseguirem, um cateto, um queixada e atirarem em um porco monteiro sem obter êxito, quando perceberam estarem perdidos no interior da mata. Os infratores informaram de que se alimentavam de brotos de bacuris, passando à noite em cima de uma árvore visto que a região é bastante habitada por onças pintadas.

Diante dos fatos, em razão do porte ilegal de armas e por praticarem caça sem autorização do órgão ambiental competente, receberam voz de prisão, sendo devidamente cientificados dos seus direitos constitucionais.

Em um primeiro momento foram apresentados aos familiares que emocionados os recepcionaram, posteriormente foram encaminhados ao Pronto Socorro de Miranda e depois de medicados, foram conduzidos juntamente com as armas e os cartuchos deflagrados, à Delegacia de Polícia Civil de Miranda, local onde foram autuados em flagrante por caça predatória e por porte ilegal de armas.

Se condenados, poderão pegar de dois a quatro anos de reclusão pelo porte ilegal de arma e mais de seis meses a um ano de detenção pelo crime ambiental. Os infratores ainda receberam multa individual correspondente a R$ 1.500.

 

Fonte: Assessoria Polícia Militar Ambiental