Polícia Federal cumpre mandado em Campo Grande contra tráfico de animais

Operação foi desencadeada no Amapá, mas campo-grandense integrava grupo criminoso
30/07/2020 15:31 Policial
Maioria dos animais apreendidos são cobras - Foto: Ivan Mattos / Zoológico de Brasília
Maioria dos animais apreendidos são cobras - Foto: Ivan Mattos / Zoológico de Brasília

Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão em Campo Grande, em operação desencadeada para desarticular organização criminosa de tráfico internacional de animais silvestres, exóticos e em extinção.

A ação faz parte da terceira fase da Operação Marraquexe, deflagrada no Amapá, mas com mandados cumpridos em outros quatro estados, incluindo Mato Grosso do Sul.

Há mandados de prisão preventiva e temporária em Macapá, Rio de Janeiro e São Paulo, e dez mandados de busca e apreensão, sendo em Campo Grande (1), Castelo/ES (1), Lavrinhas/SP (1), Macapá (3), Pindamonhangaba/SP (1), Rio de Janeiro (2) e São Paulo (1).

Em nota, a Polícia Federal afirma que foram localizados e apreendidos diversos animais, a maioria cobras.

“Com o apoio dos órgãos ambientais de cada estado, foi dado o devido encaminhamento das espécies por parte da Polícia Federal”, diz a nota.

Polícia Federal não deu detalhes se o mandado de busca cumprido em Campo Grande resultou em apreensão e de qual animal.

Ação de hoje é desdobramento da Operação Marraquexe, que foi deflagrada em maio de 2018 e identificou a venda de várias espécies de répteis oriundas da Venezuela e Índia e que constam em espécies em risco de extinção.

Investigações apontaram que um homem, morador de Macapá, comandava a rede de tráfico internacional de animais exóticos, em esquema que envolvia também pessoas do Mato Grosso do Sul e estados da região sudoeste.  

A comercialização era realizada por meio de grupos formados em redes sociais, onde também havia integrantes estrangeiros.  

Os membros da rede criminosa poderão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de animais e receptação qualificada.  

Em caso de condenação, penas podem chegar a 18 anos de reclusão, além do pagamento de multa.

O nome da operação faz alusão a uma cidade de Marrocos famosa pela presença de encantadores de serpentes.

Fonte: Glaucea Vaccari / Correio do Estado

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