A Policia Militar de Itaporã divulgou relatório com dados sobre violência domestica no Município.

Em 2015, foram 82 registros, sendo um estupro tentado; em 2016, foram 102; em 2017, foram 107; e em 2018, até o mês de março, 17 registros. Os dados trazem à tona a violência que se sucede nos relacionamentos abusivos, muitas vezes, de forma silenciosa.

A reportagem do Itaporã Agora conversou com o comandante do 3º Pelotão da PM de Itaporã, Tenente Diniz, para compreender de que forma esta questão está implícita em nossa sociedade.

Quanto a faixa de idades dos agressores, o tenente Diniz diz que a violência doméstica está em todas as idades, até porque geralmente se confunde a violência doméstica e intolerância. O preconceito é basicamente uma cultura distorcida. "A PM trabalha e age na questão flagrancial, porém as vítimas devem procurar o Ministério Publico ou Polícia Civil."

"Muitas vezes, por anos a vítima vai perdoando e acaba não denunciando o agressor, porém deve denunciar, porque começa em uma ameaça, com agressão simples, e pode terminar infelizmente em algo trágico, como vemos todos os dias", alerta o Tenente.

Mato Grosso do Sul é o segundo estado brasileiro com maior incidência de processos de violência doméstica contra a mulher. Os dados foram divulgados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) no relatório “o poder judiciário na aplicação da lei maria da penha”. Em 2017, foram registrados 4872 casos de violência doméstica em todo Mato Grosso do Sul.

Tramitaram na justiça estadual 1,2 milhão de processos referentes à violência doméstica e familiar, o que corresponde a 11 processos a cada mil mulheres.

Fonte: Itaporã Agora, editado por iFato