Policial federal envolvido em morte de advogado presta novo depoimento
O policial federal envolvido no suposto roubo que acabou resultando na morte do advogado Márcio Alexandre dos Santos, 37, ocorrida na madrugada do dia 25 de outubro, prestou novo depoimento na manhã desta segunda-feira na delegacia do 1º Distrito Policial de Dourados.
O depoimento foi concedido ao delegado do SIG (Serviço de Investigações Gerais), Adilson Stiguivitis, que agora está responsável pelo caso. A nova declaração, conforme a Polícia Civil, é para esclarecer dúvidas que permanecem pendentes com a o primeiro depoimento do policial, dado horas após o crime.
A identidade do policial está sendo preservada pela Polícia Civil. Ainda para hoje, a polícia deve promover uma reconstituição do caso, à noite. No entanto, esta informação ainda não foi confirmada.
O CRIME
Na situação que envolveu a morte do advogado, a polícia registrou até o momento dois crimes: roubo e legítima defesa. Na madrugada do ocorrido, conforme apurado até o momento nas investigações, Santos seguia na caminhonete de propriedade dele pela rua Albino Torraca, na região central da cidade, na companhia do policial federal, que era amigo dele.
Voltando de uma boate, em determinado momento os dois resolveram parar o carro para urinar, no cruzamento da Albino com a rua Ciro Melo. No entanto os dois foram surpreendidos por assaltantes. O policial então teria dado início a uma troca de tiros com o grupo que tentava levar a caminhonete.
Santos, por sua vez, teria ficado no meio do tiroteio. Ele foi atingido por oito tiros e morreu no local. Os assaltantes fugiram levando a caminhonete e um deles, que ficou ferido a tiros, foi socorrido e levado para o Hospital da Vida, onde acabou preso. Já o policial federal, que não ficou ferido, fugiu do local e se apresentou à polícia horas depois, alegando que não sabia que tinha atingido o amigo e nem que ele tinha morrido.
A caminhonete do advogado foi roubada pelos demais assaltantes que fugiram. De acordo com a polícia, o veículo teria sido levado para o Paraguai. Até o momento, quatro pessoas estão presas acusadas de participação no roubo, mas nenhuma teve a identidade revelada pela polícia, que segue com as investigações.
Na semana passada, o presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul), Júlio César de Souza Rodrigues, esteve em Dourados, onde cobrou imparcialidade e também agilidade no andamento do inquérito. Rodrigues, inclusive, classificou o caso como “muito estranho” pelas circunstâncias que envolveram a morte e também o fato do advogado ter sido atingido por oito disparos.
Fonte: Thalyta Andrade e Osvaldo Duarte/Dourados News
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