Posto de combustíveis furtava energia através de sistema informatizado em MS

06/06/2014 14:30 Policial
Divulgação/Enersul
Divulgação/Enersul

Um posto de combustíveis, localizado na cidade de Naviraí, furtava energia elétrica através de um computador. A descoberta é resultado de mais um avanço da operação “Alta Voltagem” que a Polícia Civil realizou com apoio técnico da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul) para identificar clientes que estão utilizando uma nova modalidade de fraude para mascarar, em medidores eletrônicos, o volume de energia consumido em um determinado imóvel.

O flagrante desta vez foi em auto posto, que teve seu proprietário preso. O serviço de inteligência da polícia constatou que o empresário usava um notebook com arquivos que tinham plena compatibilidade com o sistema utilizado pelo fabricante do novo modelo de relógio de energia para desprogramar o equipamento. O mesmo golpe estava sendo praticado por uma revenda de motocicletas, onde o dono também foi detido.

De acordo com o delegado de Polícia Civil, Edson Luiz Ruiz Ubeda, que cuida dos casos, os proprietários dos dois estabelecimentos conseguiram descobrir os softwares do fornecedor da Enersul para tentar furtar a energia sem que fossem descobertos, mas não foram longe com o golpe. “As pessoas estão cientes da operação através da divulgação pela imprensa local. Quem já tiver contratado esse qualquer tipo de fraude, vai ter que regularizar sua situação para não ser preso”, destacou.

Com os resultados desta semana em Naviraí, a polícia já contabiliza 34 prisões, incluindo dois integrantes da quadrilha que vendia esse novo tipo de fraude. A descoberta em Mato Grosso do Sul é a primeira no País e preocupa as autoridades, já que essa geração de medidores eletrônicos começou a ser implantada pelas concessionárias como mais uma evolução do setor elétrico.

A ação

Para realizar esta operação, a polícia mapeou, inicialmente, 12 municípios, onde atua com 21 delegados, 63 agentes da Polícia Civil e do Grupo Armado de Repressão a Roubos (Garras), 61 equipes de eletricistas e 15 supervisores. Só para os cofres do Estado, o furto de energia elétrica causa um prejuízo anual de R$ 32 milhões em arrecadação de impostos. Outro resultado do combate à fraude é eliminar custos aos clientes honestos, já que uma parte da energia furtada acaba sendo cobrada na tarifa de todos os consumidores.

Fonte: 94FM

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