Promotor diz que invasão à casa de advogada morta não foi furto comum

Conforme o promotor, bandidos procuravam documentos e outras pistas que pudessem levar aos assassinos de Laura Casuso
30/11/2018 10:43 Policial
Casa toda revirada em Ponta Porã era usada pela advogada Laura Casuso (Foto: ABC Color)
Casa toda revirada em Ponta Porã era usada pela advogada Laura Casuso (Foto: ABC Color)

Para o promotor de Justiça do Paraguai Marcelo Pecci, a invasão à casa usada pela advogada Laura Casuso em Ponta Porã, não foi um furto comum. Segundo ele, os invasores estavam atrás de pistas que pudessem ajudar a identificar os mandantes do assassinato da advogada.

Defensora de narcotraficantes como Jarvis Gimenes Pavão e Fernando Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, ela foi executada a tiros de pistola 9 mm na noite de 13 deste mês, em Pedro Juan Caballero.

“Não acreditamos que foi simplesmente com o objetivo de subtrair, de furtar. Está evidente que tinham buscavam alguma pista sobre a morte de Laura Casuso. Certamente tinha coisa importante ali”, afirmou ele.

A invasão à casa localizada no bairro Parque de Exposições foi descoberta ontem (29) por agentes do SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil.

A porta foi arrombada e os bandidos reviraram todos os cômodos. Roupas e papéis estavam espalhados por toda a casa. O equipamento que armazenava as imagens das câmeras de segurança também foi levado.

O promotor disse que está em contato com a polícia brasileira para pedir informações detalhadas sobre as evidências encontradas na casa.

Ao afirmar que espera o apoio da polícia de Ponta Porã, Marcelo Pecci disse que há experiências positivas e outras “não tanto positivas” na cooperação entre autoridades dos dois países.

“O Brasil tem seus problemas, não acreditamos que eles estejam isentos de certos déficits. Parece-me que não é um modelo que não tenha falhas”, afirmou o promotor ao jornal ABC Color.

Pecci declarou que a força-tarefa responsável pela investigação do assassinato de Laura Casuso aguarda o laudo sobre os dados dos aparelhos celulares que estavam na bolsa da advogada.

Um telefone está desaparecido. Teria sido levado por uma mulher que estava com Laura no momento do crime. A mulher é procurada pela polícia.

A execução - Na noite do crime, Laura participava de uma reunião em uma loja maçônica a 400 metros da Linha Internacional quando recebeu uma ligação e saiu para frente do local.

Com o rosto coberto por um pano, um pistoleiro desceu de uma caminhonete Toyota Hilux e começou a atirar contra Laura. Outro que estava dentro da caminhonete atirou para o alto e também em direção à advogada caída. Em seguida a dupla fugiu e ainda não foi encontrada pela polícia.

Fonte: Helio de Freitas, de Dourados / Campo Grandes News

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