"Reis da Cocaína" ostentavam vida de luxo na internet, aponta investigação
Investigações da Operação King, realizada pela Denar (Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico) em parceria com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), apontam que os "Reis da Cocaína" em Campo Grande não tinham medo de ostentar uma vida de luxo na Internet. Os 3 foram presos hoje, suspeitos de integrarem um grupo responsável por 90% do abastecimento de cocaína e pasta base, na Capital,
Só Amarildo Pereira, de 30 anos, apontado como chefe do grupo, alimentaria ao menos três perfis diferentes em uma rede social. Os policiais encontraram fotos em festas, assim como de bebidas caras e dinheiro. Os suspeitos negaram que vinham há muito tempo realizando o serviço, mas de acordo com o delegado João Paulo Sartori, da Denar, as investigações indicam que a situação vinha se repetindo há meses.
"A gente acredita que há bastante tempo, já tinha até uma 'equispertize' nessa forma de transporte, eles inclusive se vangloriavam desse fato dizendo que eram os especialistas e que ninguém pegava, mas graças a operação conjunta nós conseguimos tirar de circulação".
Michael Thales da Cruz Orácio, de 28 anos, que já chegou a trabalhar como taxista na Capital, também foi flagrado com a droga. Assim como os comparsas, ele afirmou ter sido sua primeira participação no crime. "Foi por falta de dinheiro, a Uber veio e acabou com o táxi, foi a primeira vez", declarou.
Amarildo também negou ações anteriores. "Estava precisando e acabei fazendo essa burrada", afirmou. O terceiro preso, Luiz Cesar de Oliveira, de 33 anos, afirmou que estava desempregado quando aceitou fazer parte do negócio.
Operação - A prisão aconteceu na noite de ontem (5), por volta das 21h30, na BR-262, em Miranda - distante 201 km da Capital. Segundo revelou a Polícia Civil, "a investigação já tem um tempo e identificou esses indivíduos como sendo as pessoas responsáveis por abastecer praticamente todo o mercado de pasta base de cocaína e cocaína, na Capital. A gente acredita que 90% da droga consumida e vendida dentro da cidade é fornecida por essas pessoas que se autointitulavam "os reis da cocaína de Campo Grande", afirmou Sartori.
De acordo com Emerson Silva de Souza, policial rodoviário federal, Amarildo conduzia o veículo usado pelo grupo, um Fiat Fiesta, enquanto os outros dois caminhavam com cerca de 65 kg de pasta base e cocaína pelo mato. "Quando se aproximavam de locais de fiscalização, postos da PRF ou outras barreiras que fossem, dois dos presos colocavam esses alforjes em volta do pescoço e se embreavam pelo mato, desviando da fiscalização. O veículo passava sem nada ilícito e logo à frente reembarcava o restante da quadrilha", detalhou.
Ainda segundo as investigações, na maioria das vezes o grupo realizava a ação no período da noite. Como as investigações continuam, não foram revelados detalhes de como era feita a distribuição da droga pela Capital.
Dinheiro - De acordo com o delegado João Paulo Sartori, o dinheiro que resultava da venda da droga era lavado em apostas de corridas de cavalo. Cerca de R$ 25,9 mil foram apreendidos na casa de Amarildo, no bairro Nova Campo Grande. O trio responderá por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro.
Fonte: Liniker Ribeiro / Campo Grandes News
COMENTÁRIOS
Usando sua conta do Facebook para comentar, você estará sujeito aos termos de uso e politicas de privacidade do Facebook. Seu nome no Facebook, Foto e outras informações pessoais que você deixou como públicas, irão aparecer no seu comentário e poderão ser usadas nas plataformas do iFato.