Um projeto bilionário do Ministério da Defesa que propõe a integração de todos os organismos de segurança pública no país e uso de tecnologia de ponta para ‘fechar’ a fronteira do país e combater a criminalidade. Este é o Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras), cujo projeto piloto sediado em Dourados começa a operar oficialmente hoje, em fase experimental.

Toda a estrutura fica centralizada na sede da Brigada Guaicurus, onde diversas autoridades do Estado e do país estarão presentes para o lançamento oficial do início dos trabalhos do sistema de monitoramento.

Somente no piloto em Dourados e na faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul, o investimento é de R$ 1,3 bilhão. Todo o Sisfron, que tem previsão de conclusão das obras, implantação e plena operação em todo o país para 2017, está orçado inicialmente em R$ 12 bilhões.

Mato Grosso do Sul e, especificamente Dourados, foram escolhidos pelo Ministério da Defesa para a implantação do piloto do projeto por serem localidades consideradas estratégicas na entrada de armas, drogas, e na prática de outros crimes característicos da região de fronteira e que estimulam a prática de outros delitos.

Conforme dado da Polícia Federal, somente com relação ao tráfico de drogas, Mato Grosso do Sul é ‘responsável’ pelo maior volume de apreensão do país, com 80% de todo o volume retirado de circulação no cenário nacional.

Além de representantes do Estado Maior do Exército, o governador André Puccinelli (PMDB) e também o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, serão algumas das autoridades presentes na solenidade de hoje. No dia 24 do mês passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, esteve pessoalmente em Dourados para verificar os últimos detalhes para o início dos trabalhos do piloto. Anteriormente, militares do exército americano também estiveram na Brigada para conferir o que classificaram como um “projeto de referência internacional”.

O Sisfron terá a instalação de bases móveis, radares, sensores, comunicação integrada e criptografada, desenvolvimento de softwares e infraestrutura para monitorar e vigiar 16.886 quilômetros na faixa de fronteira, abrangendo 588 cidades no Brasil, em 11 Estados.

 

Fonte: Thalyta Andrade/Dourados News