Terceiro suspeito de roubo diz que avião seria usado no tráfico de drogas

Preso em hostel, em Campo Grande, segundo o Choque, admitiu ter intermediado falsa negociação enquanto comparsas, que morreram, roubavam a aeronave
18/07/2018 15:08 Policial
Bandidos foram flagrados pelo Batalhão de Choque próximo às aeronaves e reagiram com tiros, sendo mortos. (Foto: Divulgação)
Bandidos foram flagrados pelo Batalhão de Choque próximo às aeronaves e reagiram com tiros, sendo mortos. (Foto: Divulgação)

A aeronave que seria alvo de roubo na manhã desta quarta-feira (18) na Fazenda Pesqueiro Santo Antônio, em Aquidauana –a 135 km de Campo Grande– seria usada no tráfico de drogas, segundo revelou um terceiro suspeito do crime. Segundo o Batalhão de Choque da Polícia Militar, um homem foi preso em um hostel de Campo Grande e confessou ter articulado o crime.

Durante a tentativa de roubo, que havia sido comunicada com antecedência às autoridades policiais, dois envolvidos foram mortos em troca de tiros com policiais do Batalhão de Choque da PM. José Donizeti da Silva, 52, e Rosival Fernandes da Cruz, 50, foram encaminhados ao Hospital Regional de Aquidauana, mas não resistiram aos ferimentos.

Segundo informações divulgadas nesta tarde pelo Choque, na continuidade das investigações, foi feita abordagem em um hostel na rua Vitor Meirelles, no Universitário –próximo à rodoviária de Campo Grande–, onde foi localizado José Carlos Neto Cabreira, o terceiro envolvido no crime. Ele teria mantido contato pessoal e por telefone com o proprietário da fazenda e manifestado interesse na compra de um avião.

A informação teria sido relatado aos comparsas, porém, José Carlos disse que não proseguiu com os contatos com o proprietário da aeronave já que não sabia se o roubo havia se concretizado. Ao ser preso, o Choque informou que ele confessou ter articulado o roubo e que a mesma seria usada no tráfico de drogas.

O proprietário da área rural, por sua vez, informou aos policiais que desconfiava dos contatos e, com medo, teria buscado informações junto a um amigo da Polícia Civil.

Antecedentes – Donizeti e Rosival já eram conhecidos das autoridades e, no passado, teriam participado do roubo de outro avião em Coxim –a 260 km de Campo Grande. O primeiro também tinha passagens por furto e estelionato.

Já Rosival –que levava consigo documentos aparentemente falsos, em nome de Thiago Noronha Benito e tinha mandado de prisão em aberto– foi preso em 2016 pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) em investigação com o GPE (Grupo de Pronto Emprego) da Polícia ]Civil do Pará.

Ele levava documentos falsos e admitiu ser comparsa de Oziel Barbosa, 27, envolvido em 50 homicídios e acusado de chefiar o Comando Classe A, que atua na região de Altamira (PA) e foragido do presídio de Santarém (PA), onde cumprira pena por tráfico e roubo. Ele foi morto depois de atirar contra policiais em uma casa no Jardim Seminário.

O crime – O Batalhão de Choque informou que, via denúncia anônima, soube que uma quadrilha planejava o roubo de uma aeronave na fazenda Santo Antônio. Um indivíduo identificado como “Zé Paulo” (possivelmente José Carlos Cabreira) estaria simulando a negociação, enquanto seus comparsas renderiam o caseiro para efetuar o roubo.

Com a informação, decidiu-se fazer segurança periférica ao local. O caseiro e seu sobrinho foram colocados sob segurança, seguindo com as atividades normais. Por volta das 6h20 um automóvel VW Gol (prata) chegou ao local. Dois indivíduos desceram e começaram a verificar os aviões.

Foi quando os policiais militares se aproximaram e, ao perceberem o flagrante, os suspeitos começaram a atirar. A equipe do Choque revidou, ferindo Donizeti e Rosival, que foram socorridos, mas faleceram no Hospital Regional. Cada um deles tinha um revólver calibre .38.

Fonte: Humberto Marques / Campo Grandes News

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