O presidente da Câmara de Vereadores de Naviraí, Cícero dos Santos (PT), o Cicinho do PT e o vereador Marcus Douglas Miranda (PMN), presos na manhã desta quarta-feira (8) pela Polícia Federal acusados de participação num esquema de corrupção no município, deixaram marcas negativas na campanha para a Assembleia Legislativa em 2014.

No sábado (4), Marcus Douglas foi preso enquanto realizava carreata pelas ruas do município. Segundo o site Portal do MS, ele teria desrespeitado o juiz Eduardo Lacerda Trevisan por desacato a autoridade.

Ele foi encaminhado até a sede da Polícia Federal de Naviraí, onde prestou depoimento. No domingo, durante o pleito eleitoral, ele conquistou pouco mais de 4 mil votos

Ainda conforme o site, um assessor de Cícero dos Santos, foi preso no mesmo dia com R$ 19 mil em dinheiro. O homem foi encaminhado até a sede da PF onde prestou depoimento para esclarecer a origem do dinheiro encontrado no veículo em que ele conduzia.

No pleito eleitoral, o presidente da Casa conquistou o voto de 1.955 eleitores.

OPERAÇÃO ATENAS
Além dos dois nomes citados, a operação colocou na cadeia ainda os vereadores Adriano José Silvério (PMDB), que ocupa o cargo de segundo secretário, Solange Olimpia Pereira de Castro Melo (PSDB), Carlos Alberto Sanchez (PSDB) e Vanderlei Chegas (PSD). Carlos e Vanderlei foram presos em Campo Grande.

Os outros quatro envolvidos são Thiago Caliza, Mainara dos Santos, esposa de Cicinho e dois homens identificados apenas como ‘Vagner’ e ‘Fabinho’, que seriam assessores dos legisladores.

Segundo a Polícia Federal, na ação foram apreendidos 27 veículos, quatro armas de fogo, uma motocicleta, um barco e R$ 70 mil, além de um cofre.

As investigações começaram em 2013 e as acusações são por corrupção, desvio de recursos públicos, esquemas envolvendo diárias dos legisladores, contratos superfaturados, formação de quadrilha e extorsão do Executivo municipal.

Participam da operação em Naviraí 200 policiais federais que realizam buscas na Câmara, postos de combustíveis, escritórios e residências. Além das prisões, a Justiça determinou que fossem cumpridos 35 mandados de busca e ouvidas 28 pessoas, entre elas, empresários, políticos e servidores.

 

Fonte: Adriano Moretto/Dourados News