'Xerifa' vai à academia em Campo Grande e Justiça a manda voltar à prisão no RJ
Danúbia de Souza Rangel, conhecida como Xerifa, a mulher do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o “Nem da Rocinha”, postou uma foto na rede social, onde fazia menção que estaria indo a uma academia em Campo Grande. A imagem chegou até a Justiça, e por conta disso, foi revogada a prisão domiciliar dela para a de regime fechado.
Desembargadores da 7ª Câmara Criminal foram contrários à decisão do desembargador Siro Darlan, que concedeu prisão domiciliar à mulher do traficante, após ter em mãos imagens dela saindo da residência para fazer atividades cotidianas. Além disso, Mato Grosso do Sul não tem o equipamento de pulseira ou tornozeleira, que monitora os passos de quem está em prisão domiciliar.
Com base nisso, o Tribunal decidiu que Danúbia retornasse ao Complexo de Bangu, de onde saiu há uma semana para cumprir as duas prisões preventivas em casa, em Campo Grande. De acordo com o despacho, da última terça-feira (22), a desembargadora Maria Angélica Guerra Guedes e a maioria dos colegas opinaram para “determinar a volta da paciente ao Estado de prisão anterior”.
O habeas corpus em questão é relativo a acusação de Danúbia por tráfico de drogas, num processo da 35ª Vara Criminal. O inquérito foi instaurado durante a Operação Paz Armada, favela da Rocinha, em julho do ano passado.
O Ministério Público entrou com um mandado de segurança tentando reverter ainda à prisão domiciliar de Danúbia no processo referente às investigações da Operação Maioridade. No processo, que tramita na 40ª Vara Criminal, ela também foi denunciada por tráfico de drogas. O site Extra procurou o advogado da esposa de Nem, Josué Ferreira dos Santos, para falar sobre o assunto, porém ele não retornou as ligações.
Desde que o marido foi transferido, Danúbia também foi para Campo Grande
Na decisão de Siro Darlan concedendo a prisão domiciliar, no último dia 2, o desembargador alegou que não existem indícios de que, em liberdade, Danúbia colocaria em risco a ordem pública ou a aplicação da lei. O desembargador explicou ainda que ela tem uma filha de 4 anos que, segundo avaliação médica e psiquiátrica, vem sofrendo inúmeros transtornos desde a prisão da mãe. A criança estaria abalada emocionalmente e estaria impedida de frequentar as aulas na escola.
Os juízes Rudi Baldi Loewenkron, da 35ª Vara Criminal, e Renata Gil de Alcanta Videira, da 40ª Vara Criminal chegaram a enviar ofício para Darlan alegando a falta de monitoramento eletrônico. O desembargador alegou, no entanto, que não poderia "usar uma ação em prejuízo ao réu em razão de uma deficiência do Estado”.
Fonte: Midiamax
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