O advogado Antônio Figueiredo Basto afirmou nesta segunda-feira (2), em audiência na Justiça Federal de Curitiba (PR), que seu cliente Alberto Youssef era apenas um "operador" do sistema da Lava Jato. Segundo Basto, os agentes políticos eram os chefes do esquema de corrupção na Petrobras.

Yousseff chegou à 13ª Vara por volta das 13h45 em um carro da Polícia Federal e por lá permaneceu por quase seis horas.  Basto disse apenas que o doleiro era um operador no esquema. Na semana passada, a presidente da petroleira Graça Foster admitiu que as perdas podem ser ainda maiores que os R$ 4 bilhões revelados até agora.

"A corrupção na Petrobras vinha de cima para baixo", disse Basto, que inicialmente afirmou que não havia um coordenador e depois acusou políticos de comandarem o esquema.

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A defesa da empresa Camargo Corrêa seguiu a mesma linha do advogado de Youssef e também responsabilizou os agentes políticos pelo esquema de corrupção na Petrobras. Para Celso Vilardi, as testemunhas ouvidas enfraqueceram as denúncias.

"Juiz não é imparcial"

O advogado Alberto Toron, que tem Ricardo Pessoa como cliente, disse na saída da audiência que Sérgio Moro "está decidido pela condenação dos réus" e entende que o juiz "não é imparcial."

Segundo Toron, os depoimentos teriam esclarecido que o executivo da construtora UTC não era o chefe do clube das empreiteiras.

 

Fonte: R7