Alvo de 12 inquéritos, Renan diz que considera Lava Jato
Renan Calheiros cumprimenta o juiz federal Sérgio Moro em audiência pública no plenário do Senado (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
O Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (1º), em uma audiência pública na qual participou o juiz federal Sérgio Moro, que ele considera "sagrada" a Operação Lava Jato. O senador do PMDB é alvo de 12 inquéritos na operação que investiga o esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
A audiência pública foi organizada para debater o projeto de lei que endurece a punição a juízes, promotores e procuradores da República acusados abuso de autoridade. Além de Sérgio Moro, também participou da discussão o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes.
No discurso de abertura da audiência, Renan disse que é equivocada a ideia de que a proposta de abuso de autoridade tem como objetivo intimidar autoridades que investigam políticos. Segundo ele, “ao contrário do que se vem propagando”, a iniciativa não pretende embaraçar a Operação Lava Jato ou qualquer outra investigação.
“Eu considero a Operação Lava Jato sagrada. Ela precisa, sim, ser estimulada, para que possa colaborar com a diminuição da impunidade no Brasil”, declarou o presidente do Senado.
Nesta quinta, o Supremo deverá decidir se aceita denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra Renan, que pode transformar o presidente do Senado em réu. A denúncia que será analisada nesta quinta não tem relação com a Lava Jato (na qual o senador do PMDB é alvo de 8 inquéritos) nem com a Operação Zelotes (relacionada à suposta venda de medidas provisórias, em que ele é alvo de outra investigação).
Nesta acusação, os procuradores da República afirmam que Renan prestou informações falsas, usou documentos falsos e desviou verbas públicas.
A denúncia surgiu de um escândalo revelado em 2007 no qual o presidente do Senado foi acusado de ter despesas pessoais, como a pensão de uma filha que ele teve em uma relação extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso, pagas por um lobista da construtora Mendes Junior.
Por conta dessa denúncia, ele acabou renunciando à presidência do Senado em 2007. À época, ele também foi alvo de um processo de cassação no Conselho de Ética da Casa, mas acabou inocentado pelo colegas de Legislativo e a acusação foi arquivada.
Fonte: Por Bernardo Caram, do G1
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