Apesar da pandemia, deputado aumenta em 34% os gastos no semestre
Mesmo com três meses de sessões remotas devido a pandemia, o deputado federal Loester Carlos (PSL) aumentou os gastos com a cota parlamentar em 34% neste semestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a julho as despesas do parlamentar foram de R$ 221 mil, enquanto que em 2019 chegou a R$ 164, 6 mil.
Estes dados foram publicados no Portal da Transparência da Câmara Federal. O parlamentar, que está em seu primeiro mandato, teve em janeiro deste ano o gasto de R$ 53,5 mil, já em fevereiro R$ 49,5 mil, março (R$ 48,9 mil), abril (20,6 mil), maio (R$ 20,4 mil), junho (R$ 20,8 mil) e julho se chegou a R$ 6,9 mil.
Em valores nominais, no entanto, o maior gastador do dinheiro público continua sendo o pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo PDT, Dagoberto Nogueira. Loester Carlos aparece em primeiro lugar na lista porque o levantamento foi feito em percentagem.
Segundo o levantamento, os outros sete deputados federais tiveram gastos menores neste semestre, em comparação ao ano passado. Dagoberto Nogueira (PDT) caiu de R$ 289, 9 mil (2019) para R$ 226,6 mil, enquanto que Luiz Ovando (PSL) teve redução de R$ 79,1 mil para R$ 78, 4 mil de janeiro a julho deste ano.
A deputada Rose Modesto (PSDB) teve uma redução de quase 50% nos gastos, já que usou no ano passado R$ 143,8 mil da cota parlamentar até julho e neste ano ficou em R$ 77,3 mil. Beto Pereira (PSDB) também diminuiu (gastos) de R$ 261,1 mil em 2019 para R$ 159,6 mil neste semestre.
Vander Loubet (PT) que foi o campeão de gastos (semestre) ano passado, chegando a R$ 315,1 mil no primeiro semestre, reduziu os gastos quase pela metade, tendo agora R$ 163,5 mil. Já Beatriz Cavassa (PSDB) usou R$ 134,8 mil em 2019 nos sete primeiros meses, e agora ficou em R$ 92,9 mil.
Quem mais reduziu os gastos foi Fábio Trad (PSD), que no ano passado utilizou R$ 151,7 mil (cota parlamentar) e neste ano, durante o mesmo período, apenas R$ 17,7 mil. Dos oito deputados que fazem parte da bancada federal do Estado, cinco estão em primeiro mandato.
Cota – Os dados mencionados se tratam da “cota parlamentar” que é o valor em que os deputados e senadores têm direito para cobrir despesas em função da sua atividade parlamentar.
O pagamento deste recurso é feito por “reembolso”, ou seja, o político gasta dentro das regras estabelecidas e depois entrega a nota fiscal para ter o ressarcimento.
Entramos em contato com o deputado Loester Carlos, mas ele não atendeu as ligações até o fechamento da reportagem.
Gastos no 1° semestre:
Dagoberto Nogueira (PDT) – 226.698,45 (2020) - R$ 289.940,26 (2019)
Loester Carlos (PSL) – 221.017,06 (2020) - 164.685,78 (2019)
Luiz Ovando (PSL) - 78.460,37 (2020) - R$ 79.120,18 (2019)
Rose Modesto (PSDB) - 77.305,69 (2020) - R$ 143.860,60 (2019)
Beto Pereira (PSDB) - 159.673,49 (2020) - 261.102,76 (2019)
Beatriz Cavassa (PSDB) - 92.906,86 (2020) - 134.838,44 (2019)
Fábio Trad (PSD) - 17.783,07 (2020) - 151.764,00 (2019)
Vander Loubet (PT) - 163.523,61 (2020) - 315.139,66 (2019)
Fonte: Leonardo Rocha / Campo Grande News
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