“Arrogante”, diz Zeca do PT sobre decisão de Moro que mandou prender Lula
Presidente do PT em Mato Grosso do Sul e aliado histórico de Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Zeca do PT, classificou como arrogante a decisão do juiz federal Sérgio Moro de mandar prender o ex-presidente, condenado em duas instâncias no caso do tríplex em Guarujá (SP).
Conforme despacho publicado nesta quinta-feira (5), o ex-presidente tem até às 17h (de Brasília) de amanhã para se apresentar à sede da Superintendência da PF (Polícia Federal), em Curitiba.
“É uma atitude de arrogância do Moro. A Suprema Corte vai mandar refazer, é um desastre para o Brasil, que terá repercussão internacional”, externou o parlamentar. “Atitude extremada, sem nenhuma prova, sem elemento concreto”, completou o parlamentar.
A publicação do despacho que determinou a prisão do ex-presidente provocou uma onda de comemorações em Campo Grande na tarde desta quinta-feira. Fogos de artíficio foram ouvidos, o que também ocorreu no fim da noite anterior, quando os ministros do STF (Superior Tribunal Federal) terminaram o julgamento que pedia habeas corpus preventivo para que a pena fosse cumprida somente após o trânsito em julgado.
O Movimento Brasil Livre e a Pátria Livre estão organizando uma comemoração para esta sexta-feira, que deve ter início a partir do momento da prisão do ex-presidente. Uma carreata deve ser formada partindo da frente do MPF (Ministério Público Federal), na avenida Afonso Pena.
A pena do ex-presidente é de 12 anos e um mês de reclusão, em regime inicial fechado. Conforme o despacho, uma sala foi reservada para o ex-presidente na Superintendência da PF.
“Esclareça-se que, em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintendência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física”, escreveu o juiz.
No despacho, o juiz também determina as prisões de José Adelmário Pinheiro Filho e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, que já estão recolhidos na carceragem da PF, em Curitiba.
Fonte: Gabriel Neris / Campo Grandes News
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