Câmara volta atrás e desiste de pagar passagens aéreas para cônjuges de deputados
Cunha: 'Por unanimidade, Mesa decidiu revogar o ato das passagens'.. Luis Macedo/03.03.2015/Câmara dos Deputados
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados suspendeu, na manhã desta terça-feira (3) a decisão de pagar passagens aéreas para os maridos e mulheres dos deputados. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou que o ato publicado na última quarta-feira (25) será revogado por decisão unânime dos membros da Mesa.
- A Mesa Diretora se reuniu e, por unanimidade, decidiu revogar o ato que fez a concessão dos diretos às passagens aéreas para os cônjuges.
Cunha disse que, em alguns casos excepcionais, os parlamentares poderão requerer o benefício e que cada situação será analisada individualmente. O presidente reconheceu que a decisão foi mal vista pelos eleitores e que a pressão da sociedade pesou na nova decisão.
- Temos sempre que ter a humildade de andar em consonância com que as versões chegam à opinião pública. Houve um entendimento equivocado, se cristalizou uma versão de um princípio de um benefício, de uma regalia, que não era o caso. Mas a sociedade, de uma certa forma, demonstrou sua contrariedade e nós queremos atuar em sintonia com a sociedade. Não poderíamos fechar os olhos ao entendimento que a sociedade teve.
O "pacote de bondades" aprovado na última semana incluiu ainda uma série de benefícios aos parlamentares, como o aumento das verbas de gabinete.
As mudanças faziam parte das promessas de campanha de Cunha para ser eleito presidente da Câmara. Além do PMDB, a Mesa Diretora tem parlamentares dos partidos PP, PR, PRB, PSD, PSDB, PTB, DEM, PSB e PSC.
Além das viagens liberadas, o gasto com verba de gabinete - destinada ao pagamento dos funcionários dos gabinetes - sofreu reajuste de 18% e passou de R$ 78 mil para R$ 92 mil.
Também houve aumento de 8% no "cotão", que banca gastos como aluguel, alimentação, transporte, entre outros, todo mês. O cotão varia conforme o Estado, e passa a ser de R$ 30 mil a R$ 44.900.
Por fim, o auxílio-moradia dos deputados foi reajustado em 10,5%, passando de R$ 3.800 para R$ 4.200.
Fonte: R7
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