Caminhoneiros de MS ainda se articulam para aderir à greve nacional
Enquanto caminhoneiros bloqueiam estradas nesta manhã em alguns Estados do país, em Mato Grosso do Sul eles se articulam para aderir ao protesto nacional que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Os transportadores planejam iniciar a paralisação amanhã (10) cedo, mas é possível que haja manifestação ainda hoje em alguns pontos de MS.
Até o momento, não há bloqueios nas rodovias de Mato Grosso do Sul, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal). O começo do protesto depende de articulação entre os caminhoneiros, mas está confirmado, de acordo com o presidente da Cotrapan (Cooperativa de Transportes do Estado de MS), Valcir Francisco da Silva.
Desta vez, o foco da manifestação é a saída da presidente do cargo. Os transportadores e autônomos reclamam que suas reivindicações não foram atendidas após as outras manifestações, ocorridas no primeiro semestre desde ano. “A paralisação vai ser pelo impeachment. Queremos a saída da presidente, porque tentamos acordo, mas com ela não tem acerto, não fomos atendidos, então não dá mais”, comentou Valcir.
O setor quer ainda a isenção das multas aplicadas nas paralisações realizadas neste ano, que seja estabelecida uma tabela de frete, a redução do preço do óleo diesel e a isenção de tarifa de pedágio para eixo suspenso. Nesta manhã, os transportadores já fazem paralisação em Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Lei dos Caminhoneiros – Após protesto que durou dez dias em março deste ano, a presidente Dilma sancionou lei voltada ao setor. No entanto, os transportadores reclamam que nem todas as medidas previstas na lei estão sendo cumpridas.
Com a lei, ficou previsto que os motoristas passariam a trabalhar por 12 horas seguidas, sendo quatro extraordinárias, desde que houvesse acordo coletivo entre a empresa e os funcionários. O texto anterior da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) admitia a prorrogação de apenas duas horas extras às oito horas regulares. Além disso, ficou estabelecido o pedágio gratuito por eixo suspenso para caminhões não carregados.
O caminhoneiros reclamam ainda que faltam pontos de parada nas estradas para cumprir a lei e o aumento de 4% no preço de venda do diesel, válido desde o dia 30 de setembro e o fato de os bancos não estarem cumprindo a normativa para ampliar o tempo de financiamento de veículos.
Fonte: Caroline Maldonado, do Campo Grande News
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