A Caravana da Saúde vai reduzir em um ano a fila de espera por cirurgia, que demoraria 20 anos se continuasse andando no mesmo ritmo de anos anteriores, segundo afirmou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em coletiva à imprensa na abertura oficial do evento neste sábado (16), em Dourados. A cerimônia foi no Complexo Esportivo Jorge Antônio Salomão, o "Jorjão".

"Eu sempre digo que se fosse no ritmo dos anos anteriores em que o Estado realizava entre mil e 1,2 mil cirurgias, nós íamos levar 20 anos para zerar uma fila enorme e agora isso a gente via fazer em um ano praticamente, drenando essa fila e criando uma possibilidade de manutenção de um atendimento digno a essas pessoas nos 79 municípios", disse Reinado.

O governador disse que a Caravana foi estruturada para atender pessoas que estavam há muitos anos esperando na fila procedimentos e que encontrou algumas que aguardavam entre 10 e 15 anos por cirurgias. Conforme ele, além de atender, o evento pretende acabar com a omissão do Estado nesse atendimento à saúde, deixando estrutura nas cidades para seja dada continuidade e manutenção, de tal foram que a fila não volte a aumentar, causando transtornos à população.

No caso da região da grande Dourados, além do investimento em equipamentos como os que vieram para a Caravana e vão ficar no Hospital da Vida em Dourados e no Hospital das Sias em Fátima do Sul, o governador também o HRGD (Hospital Regional da Grande Dourados). A unidade que teve início das atividades no final do ano passado, realiza entre 250 e 300 cirurgias todos os meses.

Ele ainda citou que será colocado em funcionamento o Hospital Regional, com recursos do Estado e da União. Este depende da abertura da licitação e, assim que este for concluído, será dada a ordem de serviço para a construção da unidade. A previsão é de que a obra inicie ainda este ano com conclusão no início de 2018, para que seja equipado e entre em funcionamento.

Anexo ao Hospital Regional ainda vai funcionar um centro de diagnósticos, com recursos de emenda do deputado federal Geraldo Resende (PSDB) e contrapartida do Governo do Estado, para dar agilidade à realização de exames para a população da Grande Dourados.

Azambuja disse que espera que nas demais municípios do Estado, o efeito provocado seja o mesmo da região norte. Após receber a Caravana e os equipamentos que lá ficaram, aquela área do Estado tem realizado cirurgias eletivas e este ano, não foi encaminhado qualquer paciente para a Santa Casa de Campo Grande para isso, desafogando o serviço na capital e, consequentemente, atendendo mais pessoas.

Antes de chegar a Dourados, a Caravana da Saúde já havia realizado 200 mil procedimentos, entre exames, cirurgias, consultas, entre outros. Como a demanda da microrregião atendida pelo município é grande, a previsão é de que ao final supere os 300 mil.

O prefeito, Murilo Zauith (PSB), disse que Dourados está caminhando e tem atendido todos os compromissos que fez nessa área. "O município faz a saúde básica, mas precisa dessa parceria que você [Reinaldo] fez com o município para atender a saúde hospitalar. Isso é muito importante", disse ele.

Conforme Murilo, a demanda vai se acumulando porque os hospitais credenciados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não conseguem atende-la, fazendo com que muitas pessoas esperem na fila. Ele ainda falou que faltava sensibilidade, com a de Azambuja que disse que iria fazer a Caravana e a realizou.

Os Dias "D" da Caravana da Saúde seguem até domingo (17) no "Jorjão", quando há mais ações concentradas e atuação de pelo menos 40 parceiros com serviços. Depois disso, o evento continua seguindo com atendimentos até o dia 26.

 

Fonte: Fabiane Dorta, do Dourados News