Com “carta branca” para buscar aliados, PDT confirma candidatura de Odilon

Partido confirma juiz aposentado na corrida pelo governo, aguarda indicação do Podemos e prossegue na corrida por mais aliados
21/07/2018 14:45 Política
Odilon foi o primeiro candidato ao governo a ter nome confirmado em convenção para a disputa em MS. (Foto: Humberto Marques)
Odilon foi o primeiro candidato ao governo a ter nome confirmado em convenção para a disputa em MS. (Foto: Humberto Marques)

À espera da confirmação de um candidato ao Senado, com o anúncio de apoio de dois partidos e “carta branca” para a executiva estadual negociar outras alianças até o fim do prazo legal, o PDT apresentou neste sábado (21), em convenção, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira como seu candidato ao governo do Estado –o primeiro nome posto na disputa deste ano.

Além dele, foram anunciados o vice, o empresário Herbert Assunção (PDT), a candidatura ao Senado da professora Leocádia Leme, e 38 candidatos proporcionais (12 à Câmara dos Deputados e 26 à Assembleia).

O evento foi realizado na sede do Diretório Regional do PDT, em Campo Grande, apenas “para oficializar” as candidaturas, conforme disse o próprio Odilon. Tanto ele como outros pedetistas afirmam que a realização da convenção logo no início do prazo serviu para “afastar os boatos de que eu não seria candidato ou iria disputar outro cargo”, emendou ele.

A confirmação, porém, não significa que o PDT fechou sua chapa: o presidente regional, deputado federal e candidato à reeleição Dagoberto Nogueira Filho, afirmou que ainda há negociações com três partidos, mantidos sob sigilo para reduzir o assédio de adversários sobre as legendas. “Por isso ainda não podemos confirmar, declarou.

Diante dessa possibilidade, os filiados que participaram da convenção aprovaram, por aclamação, resolução que permite à cúpula estadual continuar tratativas com outros partidos até o prazo final permitido para as convenções (5 de agosto).

Dois – Neste sábado, representantes da direção do Podemos e do Pros participaram da convenção pedetista. Este último partido apresentou momentos antes a carta de intenções para a aliança e, neste domingo (22), deve homologar a decisão e convenção pela manhã, na Associação Colônia Paraguaia (no Pioneiros).

Já o Podemos, representado pelo vice-presidente estadual, Venício Leite, e o coordenador político Antônio Miele, referendaram uma aliança apresentada ainda em 2017. Falta, porém, a confirmação do candidato do partido ao Senado: o produtor rural Chico Maia disse nesta semana que estava reavaliando o projeto, diante de dificuldades financeiras e do esforço necessário para ter uma candidatura positiva.

Maia e o presidente regional do Podemos, Cláudio Sertão, estão neste sábado em Brasília, onde devem se reunir com o presidenciável do partido, o senador Álvaro Dias (PR) em busca de apoio para o projeto político. Mieli afirma que espera uma solução definitiva sobre a candidatura em 30 de junho, na convenção do partido na Câmara de Campo Grande.

Soluções caseiras – Um dos primeiros a chegar à convenção, o empresário Herbert Assunção (PDT) foi confirmado a vice de Odilon. Ex-diretor da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Ciência) e ex-servidor da prefeitura de Chapadão do Sul, ele atua em assessorias jurídicas tendo entre seus clientes administrações públicas.

Assunção disse que se filiou ao PDT no início do ano, mas até então vinha colaborando com a elaboração do projeto de governo. “A indicação (para a vaga de vice) foi uma conversa que evoluiu de forma natural, em meio a esse trabalho”, disse.

A segunda vaga ao Senado foi destinada à professora Leocádia Petry Leme, ex-reitora da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), também aprovada pelos convencionais. O nome do suplente não foi informado durante a convenção.

Odilon, a jornalistas, disse que a escolha do vice obedeceu a critérios técnicos “e sem comprometimento com interesses sociais”, e que Leocádia se trata “de uma pessoa muito interessante para o projeto político e do Estado”. Sobre Chico Maia, ele garantiu que o nome do Podemos segue como candidato ao Senado. “As tratativas em relação ao Podemos continuam de pé”.

Boatos – Afirmando ter como prioridade “a moralização do Estado e restabelecimento da fé das pessoas nas autoridades”, ao lado de pontos como educação, saúde, habitação e desenvolvimento econômico, Odilon também disse que a busca por mais aliados segue até 5 de agosto.

Sobre a convenção deste sábado, Odilon confirmou que “talvez a principal finalidade da antecipação, com a realização no segundo dia (para promoção das convenções partidárias) seja exatamente afastar a boataria que está correndo o Estado de que eu não sairia candidato ao governo, que seria desistente e, no máximo, candidato ao Senado”.

A intenção é realizar um segundo evento na presença do presidenciável do PDT, Ciro Gomes, ainda dentro do prazo das convenções.

Fonte: Humberto Marques / Campo Grandes News

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