Contra possíveis demissões em usina, Lindomar quer rever valor de pedágio
Os vereadores de Itaporã aprovaram indicação enviada nesta quinta-feira (24) a deputados federais e senadores de Mato Grosso do Sul para que seja revisto e discutido os atuais valores das praças de pedágio da BR-163, que começaram a ser cobrados em 14 de setembro.
O documento, aprovado por unanimidade na sessão de terça-feira (22), foi produzido após alguns moradores procurarem parlamentares expressando preocupação sobre a possibilidade de que as usinas que ficam em Rio Brilhante poderiam cortar o transporte de trabalhadores por conta do aumento de gasto gerado pela nova cobrança.
Itaporã fica a 60 km de Rio Brilhante, que tem instalada duas usinas de moagem de cana, a Passa Tempo e outra que leva o nome do município. Cada uma tem cerca de 1,2 mil funcionários, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Fabricação de Álcool e Derivados. Desses, em torno de 30 trabalham na Usina Rio Brilhante, que tem acesso pela BR-163 e é preciso cruzar o pedágio. Segundo o sindicato, há caminho alternativo para se chegar à Usina Passa Tempo e, com isso, não é preciso pagar a nova taxa.
Lindomar de Freitas foi quem encabeçou o indicativo e reconheceu que há muita preocupação por parte dos trabalhadores de Itaporã sobre futuras demissões. “São rumores, mas preferimos seguir e fizemos uma indicação aos senadores e deputados para analisarem o que podem fazer. Nossa preocupação principal é o aumento considerável do custo da viagem, o que pode torná-la inviável”, disse.
Levantamento do vereador indicou que a viagem deve custar mais de R$ 1 mil a mais por mês por veículo das terceirizadas que transportam os trabalhadores de Itaporã para Rio Brilhante. Durante a safra, há até três turnos de serviço.
Presidente do sindicato da categoria, Oviedo Santos, afirmou que não foi informado sobre demissões e irá acompanhar o assunto. “A empresa informou que pode haver reestruturação, mas prometeram que haveria o mínimo de demissões."
Na usina, funcionários da administração informaram na tarde desta quinta-feira (24) desconhecerem que haja estudo de aumento de custo com transporte que pode acarretar em demissão de quem mora em Itaporã e viaja a trabalho. Futuramente, haverá, de fato, reestruturação e a empresa informou que quanto mais perto o funcionário estiver do local de trabalho, melhor será. Eles descartaram qualquer medida imediata liga a desligamento.
Fonte: Rodolfo César, do Correio do Estado
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