CPI pode cassar prefeito de Itaporã
Alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) formada na Câmara Municipal de Itaporã, o prefeito Wallas MIlfont (PDT) poderá ser cassado caso não consiga respoder onde estão duas ESF (Estratégia Saúde da Família) que declarou ter criado em 2013 e que já receberam mais de R$ 140 mil do governo federal. As investigações do Legislativo podem durar até 180 dias e a depender das constatações, provocar a perda do mandato do chefe do executivo.
Relator da CPI, vereador Gladstone Rafael da Silva (PTB), afirme que existem fortes indícios de irregularidade por parte da prefeitura de Itaporã. " O que motivou a criação dessa CPI é um fato concreto e muito forte, que é a não existência de duas ESF", disse ao Diário MS na tarde de ontem.
Gladstone foi eleito na base de Wallas. No entanto, as suspeitas e falta de respostas do prefeito não deixaram alternativas à abertura das investigações. "Uma dessas ESF que não existe está cadastrada com endereço perto da minha casa. Perguntei para o prefeito o motivo disso; passou-se um ano, tem corpo clínico formado, mas não existe", afirma.
"Essas ESF eram para atender mais de 10 mil pessoas e receberam no ano passado R$ 73,800 cada do governo federal", afirma Gladstone. "O governo federal manda o dinheiro na ilusão que está tudo certo".
Vice-presidente da CPI que tem o vereador Galdino (PSD) na presidência, Juarez da Silva Barreto (PSDB), foi um dos primeiros a questionar essas ESF. Ex-servidor da área da saúde, o parlamentar destaca que "uma das ESF atenderia pelo menos 6,8 mil pessoas do bairro Bandeirantes, zona rural e aldeias Jaguapiru e Bororó, dentro do município". "A outra deveria estar no Jardim São Bento, onde os atendimentos passariam de 10 mil", destaca.
Sem respostas do mandatário, criar uma CPI foi a saída. "Não estamos acusando o prefeito de nada, é uma investigação. A gente poderia pedir o afastamento dele, mas para que ele tenha amplo direito de defesa, não fizemos isso", pondera Gladstone, que pretende concluir as investigações em até 180 dias.
Reprodução do jornal Diário MS. Clique na imagem para ampliar.
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Fonte: Diário MS
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