Criação de Secretaria do Idoso e da Pessoa com Deficiência é defendida em Audiência
A necessidade de criação da Secretaria Municipal do Idoso e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SEMIPED) foi a tônica dos debates na Audiência Pública realizada na manhã desta sexta-feira (27) com objetivo de discutir políticas públicas para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
Segundo dados do Censo realizado pelo IBGE em 2010, hoje existem 45 milhões de brasileiros com deficiência, o que representa 23,92% do total da população. Já Mato Grosso do Sul possui 526.672 habitantes com alguma deficiência, seja visual, auditiva ou motora, representando 21,51% da população do estado.
A proposta de criação da Secretaria Municipal do Idoso e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida foi apresentada pelo presidente da Casa de Leis, vereador Mario César, proponente da Audiência Pública. A iniciativa foi inspirada em ações pioneiras e de sucesso realizadas em outras cidades como Mundo Novo-MS e São Paulo-SP, que criaram órgãos específicos para gerir as políticas públicas para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
De acordo com o vereador Mario Cesar, o município de São Paulo realizou um censo para delimitar quantos são, onde moram e quais são as deficiências dessas pessoas, a fim de traçar políticas públicas direcionadas especificamente para esses cidadãos.
“Essa é a minha proposta, que possamos também fazer este censo em Campo Grande, para identificarmos onde estão as pessoas com deficiência em nossa Capital e quais são suas reais necessidades. Assim fica mais fácil para o Poder Público definir em que deve ser investido, de modo a garantir essa acessibilidade para todos os portadores de deficiência”, afirmou.
Rodrigo Lucchesi Cordeiro, representante da APAE também defendeu a criação da secretaria e falou das dificuldades enfrentadas na luta diária pela defesa das pessoas com deficiência. "Tenho certeza que se tivesse essa secretaria há anos atrás não teríamos levado 6 anos para abrir um centro de reabilitação", afirmou Rodrigo.
Para Carlos Alberto Eloy Tavares, presidente do CREFITO (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional) é preciso que o país adote o CIF (Codificação Internacional de Funcionalidade).
“Precisamos da adoção de forma inédita do CIF já adotado em mais de 100 países e no Brasil não se adotou e a gente não entende o porquê. Aqui o código é único e não considera o grau da incapacidade e o grau de funcionalidade, tem somente um código. Ou seja, independente do grau de limitação o código do CID é o mesmo e isso não está certo”, ressaltou. (Com informações Câmara Municipal)
Fonte: MS Record
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