O senador Delcídio do Amaral (PT) confirmou esta semana a vinda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Mato Grosso do Sul no dia 13 de novembro deste ano.
“Fechei hoje, em São Paulo, com o presidente Lula, agenda em MS nos dias 13 e 14 de novembro em Campo Grande e Corumbá. O resto, eu não conto!”, informou o pré-candidato petista ao governo estadual por meio de sua página no Facebook.

O senador já havia anunciado a visita de Lula ao Estado em recente entrevista à imprensa, na Capital.  Apesar da reafirmação do encontro, Delcídio faz mistério sobre o teor da conversa que teve com o líder petista em São Paulo.

Delcídio pretende usar a popularidade do ex-presidente para oxigenar sua candidatura à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB) em 2014.
Lula é o principal articulador político da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff e já e começou a percorrer vários estados brasileiros a fim de fortalecer o palanque da correligionária.

Líder nas pesquisas de intenções de voto na corrida rumo ao Parque dos Poderes, o senador ainda nutre esperança em tirar o PMDB, principal adversário petista em Mato Grosso do Sul, da disputa do ano que vem.

A ideia é atrair os adversários para seu palanque e consolidar de vez a condição de favorito absoluto a ser o próximo governador do Estado, embora a aliança PT-PMDB é vista como eventual risco de frustração nas pretensões dos dois grupos políticos do Estado por causa da rivalidade histórica entre ambos.

Nesse caso, o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), hoje secretário de Articulação com os Municípios, teria de retirar sua pré-candidatura ao governo e compor com o petista.

Para analistas, a dobradinha poderia fortalecer a candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), principalmente depois que o tucano mostrou independência e força suficiente para fazer a diferença numa disputa eleitoral, como foi o caso das eleições para prefeito de Campo Grande, no ano passado, quando por pouco não passou para o segundo turno.

Igualmente cortejado por Delcídio, Reinaldo Azambuja analisa a possibilidade de disputar o governo ou o Senado, dependendo das circunstancias políticos  de ocasião.

Ele também depende  do encaminhamento a ser dado pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato ao Palácio do Planalto, para se definir.

Apesar de ser defendida por Delcídio, a intenção de aliança tanto com o PMDB quanto com o PSDB desagrada ao ex-governador e vereador por Campo Grande, Zeca do PT, além de lideranças dos partidos envolvidos nas articulações.

Fonte: conjuturaonline.com.br / Willams Araújo