Demora de 14 anos não compromete estrutura do Hospital do Trauma

06/01/2016 23:57 Política
Unidade está sendo construída desde 2002 - Foto: Paulo Ribas/Correio do Estado.
Unidade está sendo construída desde 2002 - Foto: Paulo Ribas/Correio do Estado.

Anúncio da retomada das obras do Hospital do Trauma, paralisadas há 14 anos, abre o questionamento se a estrutura abandonada por quatro prefeitos de Campo Grande estaria comprometida. Estima-se que para concluir as instalações sejam necessários R$ 8,5 milhões.

Para o professor e mestre em engenharia civil, José Francisco de Lima, estruturalmente o prédio só apresentaria risco se houvessem trincas ou falhas na concretagem. “A obra foi bem executada e não tem risco”, pontuou, em relação ao prédio em construção desde 2002.

O que era para operar como maternidade, teve projeto alterado oito anos depois em virtude da queda no número de partos na Capital. Com isso, a equipe do ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) centrou esforço em tornar a unidade referência no atendimento de trauma.

Mudanças, desde então, ocorreram na estrutura para garantir cinco salas de cirurgia e 141 leitos, sendo dez deles destinados ao Centro de Tratamento Intensivo (CTI).

Responsável pelo projeto estrutural, o engenheiro Carlos Portugal disse ao Portal Correio do Estado ter sido consultado durante as alterações e que “tudo está nos conformes”. Pelo processo, no entanto, passaram os prefeitos André Puccinelli (PMDB), Alcides Bernal (PP) e Gilmar Olarte (PP) sem que houvesse solução para a demanda. Agora a obra será tocada pelo Governo do Estado.

LICITAÇÃO
Nova licitação para se concluir a obra será assinada, na quinta-feira (7), pelo ministro da Saúde Marcelo Castro e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O acordo teria sido negociado desde março do ano passado e o processo será coordenado pela Santa Casa.

Devem ser investidos somente na parte estrutural R$ 8,5 milhões, com R$ 2,5 milhões provenientes do governo estadual. Serão refeitos, conforme programação da obra, instalações elétrica, hidráulica e de ar condicionado. Esquadrias e pisos podem ser trocados e infiltrações corrigidas.

Conforme o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, há expectativa de se colocar a unidade para funcionar até o fim do ano. A compra de mobiliário, equipamentos para salas de cirurgias e CTIs também teria recurso de R$ 7,5 milhões assegurados pelo Ministério da Saúde. “A obra vai ser concluída e entregue funcionando”, garantiu.

Fonte: Kleber Clajus, do Correio do Estado

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