Dilma anuncia 13 ministros para o segundo mandato
A presidente Dilma Rousseff anunciou na noite desta terça-feira (23) os nomes de 13 novos ministros que vão compor sua equipe de governo a partir de 2015. A divulgação da reforma ministerial foi feita por meio de nota oficial, após a presidente receber a informação de que o MPF (Ministério Público Federal) não liberaria o acesso às informações obtidas por meio de delação premiada - negando, assim, pedido feito pela presidente na segunda-feira (22).
O PMDB, maior partido da base aliada ao governo, é a agremiação com maior número de pastas na Esplanada, com seis no total. Entre eles estão o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) para a pasta de Minas e Energia, o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) para a Secretaria de Portos e o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) para a Secretaria de Aviação Civil. Os nomes foram acertados entre Dilma e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), na segunda-feira (22).
A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) vai assumir o Ministério da Agriculta, mesmo depois de protestos de movimentos sociais, que temem que a presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária) paralise de vez o processo de reforma agrária.
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, presidente do PSD, foi confirmado como ministro das Cidades, em substituição a Gilberto Occhi, funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal.
Já o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi indicado para o Ministério da Defesa, substituindo Celso Amorim, que foi ministro de Dilma e também durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quem continua no primeiro escalão do governo é Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que deixa os Esportes para assumir a pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Faltando pouco mais de um ano para as Olimpíadas 2016, quem assume o ministério dos Esportes é o deputado federal George Hilton (PRB-MG).
Dilma também confirmou o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), à frente do Ministério da Educação (MEC). Pela primeira vez nos governos do PT, considerando as administrações Lula e Dilma, a pasta, cujo orçamento é de cerca de R$ 100 bilhões, será comandada por um não petista.
A posse deles está marcada para o dia 1º de janeiro, informou a Secretaria de Comunicação Social. Confira a lista completa dos novos ministros:
1. Aldo Rebelo (Ciência, Tecnologia e Inovação);
2. Cid Gomes (Educação);
3. Edinho Araújo (Secretaria de Portos);
4. Eduardo Braga (Minas e Energia);
5. Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil).
6. George Hilton (Esporte);
7. Gilberto Kassab (Cidades);
8. Helder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca);
9. Jacques Wagner (Defesa);
10. Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento);
11. Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial);
12. Valdir Simão (Controladoria Geral da União); e
13. Vinicius Lajes (Turismo).
Segundo a nota divulgada pelo Palácio do Planalto, a presidente agradeceu à dedicação dos ministros Celso Amorim (Defesa), Cesar Borges (Portos), Clélio Campolina Diniz (Ciência, Tecnologia e Inovação), Edison Lobão (Minas e Energia), Eduardo Lopes (Pesca), Gilberto Occhi (Cidades), Henrique Paim (Educação), Jorge Hage (CGU), Luiza Barrios (SPPIR), Moreira Franco (Aviação Civil) e Neri Geller (Agricultura).
Dos 39 ministérios, 22 ainda não tiveram seus titulares anunciados oficialmente pela presidente para o segundo mandato. Antes do anúncio de hoje, Dilma já havia indicado Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Planejamento o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e confirmado a permanência do atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no cargo.
Delação premiada
A presidente Dilma pediu para consultar as informações das delações premiadas para checar se os nomes escolhidos para compor o primeiro escalão de seu governo a partir de 2015 estão sendo investigados pela operação Lava Jato. Mas, segundo o ministro Cardozo, a PGR alegou que o processo está sob sigilo de Justiça e revelar os nomes poderia atrapalhar as investigações.
O receio de Dilma era nomear algum político que estivesse envolvido no esquema de desvio de recursos da Petrobras, que está sendo investigado pela operação Lava Jato, da PF - citado, o atual presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves pediu para não assumir nenhuma pasta.
No entanto, como o governo não terá acesso aos nomes citados por meio da delação, a presidente se baseou em informações oficiais e evitou políticos que foram mencionados em listas que vazaram na imprensa.
Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo divulgou nomes de 28 políticos que teriam se beneficiado pelos desvios da Petrobras. A lista teria sido informada pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa em depoimentos da delação premiada à Justiça. Nenhuma prova, no entanto, foi apresentada até o momento.
Entre os nomes citados estão senadores e deputados que estavam indicados para assumir um ministério na próxima gestão de Dilma.
Fonte: R7
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