Diretor da Agepen comunica saída ao Governador
Diretor afirmou que já conversou com o governador e oficializará saída - Foto: Arquivo/ Dourados News
O diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) Ailton Stropa Garcia pediu ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para deixar a função na manhã desta terça-feira (31). A afirmação foi feita por ele ao Dourados News no começo desta tarde.
"Eu conversei com o governador sobre minha decisão pela manhã e agora a formalizarei por escrito", disse.
A decisão acontece após ações da Operação Girve que apura a prática dos crimes de peculato, falsidade documental e corrupção envolvendo alguns diretores da Agepen. A operação ocorreu no dia 27 passado e cumpriu mandados de busca e a apreensão na casa de Stropa em Dourados e em outra residência dele, em Campo Grande.
Ele justificou que sua saída da agência tem por finalidade "deixar que a operação ocorra livre para qualquer fato a respeito dele".
Quanto a data para que deixe de integrar a Agepen, Stropa afirmou que o mesmo ainda não está definido. "Não sairei de imediato, é preciso um prazo para que alguém me substitua e ainda acertarei quanto a isso", citou.
Em outra oportunidade, conforme mostrado pelo Dourados News Stropa havia informado que estava tranquilo quanto a operação e estava disponível para os esclarecimentos necessários.
Na manhã desta terça-feira (31), o secretário de Estado de Justiça e de Segurança Pública, José Carlos Barbosa, havia citado em entrevista ao jornal Bom Dia MS, sobre a possível saída do diretor da Agepen.
Na oportunidade, ele afirmou que Stropa havia "manifestado a intenção de deixar o cargo" e que "dificilmente se poderia continuar contando com o diretor que havia assumido uma posição espinhosa de administrar o sistema prisional em ebulição".
Barbosa opinou sobre as ações requeridas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado questionando sobre o tempo da decisão do magistrado e também a necessidade da "batida" nas residências do diretor, colocando essa como ‘desagradável’.
"Nós não somos contra aos órgãos buscarem uma operação, o que as vezes nós questionamos é a dosagem do remédio utilizado como no caso por exemplo, os fatos e as circunstancias que levaram essa investigação ao menos no despacho e na decisão do magistrado ocorreram em abril do ano passado, portanto, penso que busca a apreensão na residência do diretor presidente da Agepen, as vezes é uma medida muito constrangedora do que propriamente objetiva de se esclarecer uma situação", pontuou.
Entenda a operação Girve
A operação titulada de ‘Girve’ realizada desde o dia 27 de janeiro em Campo Grande, Dourados e Aquidauana, a qual foram cumpridos mandados de busca e apreensão, apreendeu celulares dos alvos da operação e R$ 90 mil na casa de um dos diretores da Agepen.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados, assim como de quem seria o montante.
Os mandados foram expedidos pelo titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, requeridos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) aos titulares da presidência da Agepen, da Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP), da chefia da Divisão de Estabelecimentos Penais (DEP), da Diretoria de Operações (DOP) e a Chefia de Divisão de Trabalho.
De acordo com a assessoria do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a investigação que apura a prática dos crimes de peculato, falsidade documental e corrupção envolvendo alguns diretores da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul).
Segundo a assessoria, os mandados foram cumpridos nas residências dos diretores investigados, localizadas na capital e nos dois municípios, além dos locais de trabalho localizados na sede da Agepen, em Campo Grande.
Consta ainda que o objetivo da investigação é na apuração de ilegalidades cometidas durante a realização do Curso de Treinamento para Intervenção Rápida, Contenção, Vigilância e Escolta do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Girve)- do qual se deu o nome da operação- dirigido a agentes penitenciários, ocorrido em abril do ano passado, na cidade de Campo Grande.
Fonte: Por Gizele Almeida, do Dourados News
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