iFato vistoria serviço de cobertura de casas em Carumbé

14/10/2013 15:02 Política

No último dia 08/10, o iFato noticiou com exclusividade que o prefeito Wallas Milfont decretou 3 meses de estado de calamidade pública no distrito de Carumbé do município de Itaporã (MS), em virtude dos danos causados pela forte chuva de granizo que atingiu a região no dia 29/09.

Notícia que foi replicada em vários meios de comunicação e despertou muito o interesse da população, pelo fato da loja escolhida para a compra ser a Casa & Construção Ltda, da cidade de Rio Brilhante (MS). O valor gasto foi de R$ 19.278,00 (dezenove mil, duzentos e setenta e oito reais).

O modelo escolhido para formalizar a aquisição foi o de carta convite, onde a prefeitura faz uma tomada de preço em pelo menos três lojas, e a que apresentar o menor preço, ganha. Com o decreto , a licitação é dispensada.

Visitamos as lojas de construção da cidade e perguntamos se o executivo compareceu para fazer um orçamento oficial. As lojas Construita e Ideal alegaram que não receberam contato, a Frota e a Hikari não quiseram se manifestar, a Balasso confirmou que recebeu o pedido de orçamento. Aproveitamos também para perguntar o preço das telhas fibrocimento, mais conhecidas como “eternitinho”, que medem 2,44m por 0,50cm, o modelo utilizado na região. O preço fica entre R$ 10,50 e R$ 14,52.

Após 13 dias da tragédia que assolou o distrito, fomos até la para registrar os trabalhos da secretaria de serviços urbanos, onde nos deparamos com uma triste realidade. Em um dia chuvoso, detectamos que apenas 4 casas foram cobertas, sendo que uma delas o proprietário deu o material e a gerência cuidou da mão de obra, em outra casa foi doado 28 telhas e o morador realizou o serviço.

Nas residências das senhoras Maria Cleide e Ilza dos Santos Oliveira, foram utilizadas aproximadamente 47 e 30 telhas, respectivamente. Porém nos dois casos as telhas antigas não foram tiradas para colocação das novas e ainda não foram arrumadas as respectivas varandas. Por fim, deixaram a casa da dona Maria sem a comunheira.

Já o Senhor Vianez de Oliveira, que teve 70% do seu telhado destruído, preferiu não esperar, e custeou do próprio bolso a troca da cobertura. Segundo Vianez, aguardar seria arriscar perder seus móveis e eletrodomésticos, além de expor sua família à intempéries. Confira o carnê da compra na galeria de fotos abaixo.

Alguns casos chamaram a atenção, ora pela necessidade das pessoas, ora devido o estrago causado pelo fenômeno da natureza. Na casa do senhor Odair Marques, que sozinho cria dois filhos, quebrou muitas telhas, a lona tenta amenizar a situação, mas sem muito êxito.

Dois irmãos de idades avançadas, que repartem o terreno, senhores Rosário e João Ferreira Barbosa, disseram que o gerente de serviços urbanos, o Guinó, prometeu o reparo a mais de uma semana, e por enquanto não retornou para executar o serviço. Esta situação de promessa foi identificada em outros casos, como nas casas dos trabalhadores Mauro Sérgio, Valdinei dos Santos Haaks, Reinaldo de Souza Trindade, da jovem mãe de família Elaine Soares Rodrigues, e da senhora Claudenice Pereira Rodrigues.

Algumas famílias tiveram ainda móveis e eletrodomésticos danificados. Em um destas situações, um jovem perdeu um aparelho de video game play station e uma senhora, um guarda-roupas. Os moradores são obrigados a cobrir seus pertences com sacos plásticos, ou empilhá-los nos cantos não atingidos da casa.

Tentamos entrar em contato por telefone com o gerente de serviços urbanos, senhor Guinovaldo Gama, afim de saber sua posição quanto a situação, mas até o momento do fechamento desta, não conseguimos atendimento.

Informações do site de previsão metereológica, clima tempo, dão conta de que sexta-feira e sábado, choverá aproximadamente cinco milímetros em Itaporã, no domingo e segunda-feira a média de chuva ultrapassa os 20 milímetros. Hoje, uma breve garoa chegou ao distrito, mas sem maiores sustos e danos materiais. “Torcemos para que o gerente de obras cumpra suas promessas antes da chuva”, diz um morador que não quis se identificar.

Esperamos que depois da divulgação desta matéria, a prefeitura tome as devidas providências para sanar as dificuldades registradas naquele distrito, uma vez que em decorrência da nossa publicação anterior, a mesma divulgou uma nota dando a entender que o problema estaria sanado.

Segundo pesquisa realizada no comércio local, o preço médio do modelo de telha em questão, é de R$ 12,30. Dividindo o valor licitado pelo preço médio, daria para comprar 1567 telhas. Já pelo menor preço encontrado no mercado, R$ 10,50, compraria-se 1837 telhas. Até agora foram instaladas 105 telhas, a um valor médio de R$ 1.291,50.

A  equipe do iFato se compromete a acompanhar cada serviço realizado no Carumbé, até que se totalize o valor licitado. É um compromisso social, e convocamos os vereadores para fazer conosco esse trabalho de fiscalização.

Fonte: iFato

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