Líderes do PSB começam a preparar substituição de Campos nesta sexta

15/08/2014 16:11 Política
Adesivo que será distribuído pelo PSB como homenagem a Eduardo Campos (Foto: Reprodução).
Adesivo que será distribuído pelo PSB como homenagem a Eduardo Campos (Foto: Reprodução).

Dirigentes do PSB se reunirão na noite desta sexta-feira (15), em São Paulo, para começar a discutir a chapa que disputará a eleição presidencial após a morte de Eduardo Campos, informaram ao G1 o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) e outro integrante do diretório nacional do partido que preferiu não se identificar.
O encontro será preparatório da reunião marcada para a próxima quarta-feira (20), em Brasília, quando o partido deve definir os nomes do substituto de Campos e do vice – na hipótese, mais provável, de a vice Marina Silva se tornar a candidata a presidente.

Delgado disse que o objetivo da reunião informal desta sexta é afinar o discurso para o encontro da próxima semana. “Essa reunião de hoje [sexta] é uma prévia da reunião da próxima quarta. É uma conversa informal, ela não tem nenhum caráter deliberativo, é uma discussão prévia. Vamos tratar de questões administrativas e políticas sobre a reunião da semana que vem”, afirmou o deputado.
De acordo com o deputado, a reunião também servirá para determinar como o PSB vai ajudar a família a organizar o velório e o enterro de Campos. O partido confeccionou adesivos que serão distribuídos em Recife, durante os funerais, para homenagear o ex-governador de Pernambuco (veja imagem acima).
Segundo o G1 apurou, os principais dirigentes do PSB já estão convencidos de que não há espaço para outra candidatura a presidente que não seja a da ex-senadora Marina Silva, vice da chapa de Eduardo Campos.
A principal discussão deverá ser a de quem será o vice na eventual chapa de Marina. O partido não abre mão de indicar um nome que tenha fortes ligações com Campos e que desfrute da extrema confiança da cúpula. Segundo um integrante do diretório nacional que não quis se identificar, esses dois critérios deixam poucas opções para a vaga.

Mesmo decidida a apoiar a candidatura de Marina, a cúpula do PSB pretende, antes de chancelá-la como substituta do ex-governador de Pernambuco, obter dela o compromissso de adiar, ao menos temporariamente, o projeto de criar o partido Rede Sustentabilidade. Ela pretendia disputar a Presidência da República pela Rede, mas não conseguiu, no ano passado, obter o registro da legenda na Justiça Eleitoral. Por isso, após acordo com Eduardo Campos, integrantes da Rede ingressaram no PSB para poder concorrer na eleição deste ano.
Os dirigentes do PSB avaliam que a sigla se tornaria coadjuvante na sua própria candidatura se a ex-senadora mantiver, em meio ao processo eleitoral, o discurso de que criará sua própria legenda.
O PSB também pretende solicitar a Marina que ela assuma na campanha eleitoral as propostas e prioridades defendidas até então por Eduardo Campos. "Marina nos representa, mas tem outras prioridades", ponderou um integrante do diretório nacional.
A decisão de reunir dirigentes do PSB já nesta sexta teria surgido em um encontro entre o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), e Roberto Amaral, novo presidente do partido após a morte de Campos.

Fonte: G1

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