Lista de Janot tem seis ministros, nove parlamentares e dez governadores
O conteúdo das delações dos executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht está sob sigilo, mas a TV Globo conseguiu apurar nesta quarta-feira,dia 15 de março, com várias fontes a presença de 22 novos nomes de políticos na lista de 83 pedidos de investigação que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou na terça (14) ao Supremo Tribunal Federal.
Na terça-feira, já havia sido revelado outros 16 nomes que fazem parte da lista. No total, já são 38. Nos depoimentos dos delatores, são mencionados os nomes de pelo menos 170 pessoas, entre as quais políticos com foro e sem foro privilegiado.
Muitos dos nomes já foram citados em depoimento do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que veio a público em dezembro do ano passado.
Dentre os novos nomes há mais um ministro do governo Michel Temer, além dos cinco já revelados na terça. É Marcos Pereira, do PRB, atual ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Na lista também há pedidos referentes a pelo menos 10 governadores, que deverão ser analisados pelo Superior Tribunal de Justiça – o foro de governadores é no STJ; o de deputados e senadores no STF.
Veja abaixo os novos nomes:
Ministros
Além dos cinco ministros revelados nesta terça, também está na lista: Marcos Pereira (PRB-RJ), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
Governadores
Entre os governadores que aparecem na lista estão:
Renan Filho (PMDB), de Alagoas;
Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro;
Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais;
Tião Viana (PT), do Acre;
Geraldo Alckmin (PSDB) São Paulo;
Beto Richa (PSDB), do Paraná.
Senadores
Do Senado, mais quatro nomes que vão para análise do Supremo:
Lindbergh Farias (PT-RJ);
Jorge Viana (PT-AC);
Marta Suplicy (PMDB-SP);
LÍdice da Mata (PSB-BA).
Deputados
Entre os deputados federais que foram citados pelos delatores, estão:
Marco Maia (PT-RS);
Andres Sanchez (PT-SP);
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA);
José Carlos Aleluia (DEM-BA);
Paes Landim (PTB-PI).
Políticos sem foro
Há políticos e outras pessoas citadas na lista que não têm foro em tribunais superiores e, por isso, terão o caso analisado por outras instâncias da Justiça. Entre elas estão:
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro do governo Temer;
Sergio Cabral (PMDB-RJ), ex-governador do Rio de Janeiro, atualmente preso;
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara, atualmente preso;
Duarte Nogueira (PSDB-SP), prefeito de Ribeirão Preto;
Paulo Skaf (PMDB-SP), candidato derrotado a governador de São Paulo em 2014;
Edinho Silva (PT-SP), ex-tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, atual prefeito de Araraquara;
Anderson Dornelles, ex-assessor direto da ex-presidente Dilma Rousseff.
Acusações
Os pedidos de investigação enviados ao Supremo trazem acusações de crimes como corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, formação de cartel e caixa 2.
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da lava Jato no Supremo, evitou falar sobre o tempo que levará para decidir sobre os pedidos da Procuradoria Geral da República.
O ministro não tem prazo para tomar decisão sobre a abertura de inquéritos ou sobre o fim do sigilo das delações. Ele só decidirá depois que receber e analisar centenas de documentos entregues pela PGR. Por enquanto, está tudo guardado numa sala-cofre no terceiro andar.
Antes de os pedidos chegarem ao gabinete do ministro Fachin, tudo tem de passar pelo protocolo do Supremo.
Os 320 pedidos do procurador Rodrigo Janot (dos quais 83 de abertura de inquérito) já começaram a ser cadastrados no sistema do STF e receberam um número. Agora, estão em fase de processamento. Esse trabalho só deve terminar na sexta-feira.
Fonte: Do G1
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