Maior bancada eleita, PSDB busca consenso para comandar a Assembleia

Pelo menos quatro dos cinco parlamentares tucanos admitem interesse em comandar a Casa de Leis; reunião dia 20 buscará consenso
16/11/2018 18:02 Política
Assembleia terá 13 partidos representados a partir de 2019; maior bancada, PSDB almeja a presidência da Casa. (Foto: ALMS/Divulgação)
Assembleia terá 13 partidos representados a partir de 2019; maior bancada, PSDB almeja a presidência da Casa. (Foto: ALMS/Divulgação)

Dono da futura maior bancada da Assembleia Legislativa a partir de 2019, com cinco deputados estaduais eleitos, o PSDB dá início às discussões visando ao comando da Casa de Leis a partir de 2019. No dia 20, na sede do partido em Campo Grande, os parlamentares devem se reunir para tentar construir um acordo que aponte para um nome viável em uma construção que dependerá, ainda, do suporte de outras bancadas.

Dos cinco deputados estaduais do PSDB, apenas Marçal Filho será cara nova na casa. Felipe Orro, Onevan de Matos, Paulo Corrêa e Professor Rinaldo conseguiram a reeleição neste ano e, neste momento, mostram interesse em disputar o comando da Assembleia. “Vamos bater um papo para avaliar a questão. É importante realizar essa discussão e ver quem tem o melhor perfil para angariar votos de outros partidos e compor a Mesa Diretora”, explicou Rinaldo, confirmando ter colocado o nome à disposição na disputa.

Orro, da mesma forma, afirma ter experiência no Legislativo e também no Executivo –foi prefeito de Aquidauana por dois mandatos– para tentar emplacar seu nome. “Já estamos conversando com os parlamentares. Entendo ser natural o PSDB pleitear a presidência porque tem a maior bancada”, afirmou.

Ele reforça que, entre novembro e dezembro, os deputados devem se dedicar às conversas preliminares para que em fevereiro de 2019, na primeira sessão da Assembleia, já haja uma predefinição sobre todos os cargos da Mesa Diretora –presidência, três vice-presidências e três secretarias. “Há potencial para fazermos um entendimento consensual”, destacou.

Rinaldo tem avaliação semelhante. “Como a eleição será apenas na primeira sessão da nova legislatura, o que teremos muito por agora são conversas”, afirmou o peessedebista, reforçando ainda que “a eleição é diferente porque, além dos deputados do PSDB, precisaremos de mais de 12 votos. Não seremos apenas nós do PSDB”.

Onevan já antecipou ao Campo Grande News que, mesmo que não haja entendimento em torno de seu nome, vai entrar na disputa. No MDB, Eduardo Rocha também já anunciou sua candidatura.

Composições – A maior bancada da Assembleia no ano que vem será relativamente menor na comparação com a atual legislatura: hoje, o PSDB tem oito deputados estaduais. A segunda maior bancada, do MDB, tem sete, e seguirá na segunda posição a partir de 2019, mas com apenas três.

A nova Assembleia também será mais diversificada em relação a partidos políticos: hoje, são sete as agremiações representadas no parlamento –em 2014 eram nove, sendo que PDT, PR, PSB e Avante (ex-PT do B) desapareceram da Casa com as desfiliações de seus deputados eleitos.

No ano que vem, serão 13 os partidos com assento na Casa, além de PSDB e MDB. Cinco deles terão bancadas de dois deputados: PSL (Capitão Contar e Coronel David), DEM (Zé Teixeira e Barbosinha), PT (Cabo Almi e Pedro Kemp), Solidariedade (Herculano Borges e Lucas de Lima) e Progressistas (Gerson Claro e Evander Vendramini). Completam a Assembleia o PDT, com Jamilson Name; Patriota, de Lídio Lopes; PSD, com Londres Machado; PTB, de Neno Razuk; PRB, com o Pastor Antônio Vaz; e o PR, de João Henrique Catan.

Rinaldo acredita que a pluralidade de partidos facilitará a repetição de uma fórmula já adotada neste ano: a composição de blocos partidários. “Isso deve acontecer até para buscarem representatividade nas comissões permanentes, facilitando decisões e encaminhamentos. Foi uma eleição que levou a muita representatividade”, destacou.

Atualmente, funcionam os blocos PSDB-DEM-SD, com 11 deputados, e o MDB-Patriota, com oito. Com quatro deputados, o PT atua de forma independente, e o PSD não integra oficialmente nenhum arranjo. Quanto maior o bloco, mais assentos em cada uma das 16 comissões permanentes (compostas cada uma por cinco parlamentares) seus integrantes podem reivindicar.

Fonte: Humberto Marques / Campo Grandes News

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