Ministro da Energia diz que acidente em usina nuclear da Ucrânia não é ameaça
KIEV (Reuters) - As autoridades do setor de energia da Ucrânia disseram nesta quarta-feira que um acidente em uma usina nuclear de Zaporizhzhya, no sudeste do país, não representa nenhum perigo, e que a usina vai voltar a operar normalmente em 5 de dezembro.
"Não existe ameaça... não há problemas com os reatores", afirmou o ministro de Energia, Volodymyr Demchyshyn, que assumiu seu posto em um novo governo apenas na terça-feira, em comunicado.
Demchyshyn disse que o acidente ocorreu na sexta-feira em um dos seis blocos da usina nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa, e foi causado por um curto-circuito no sistema de tomadas de energia e "de nenhuma maneira" estava ligado à geração de energia.
Em Viena, a Agência Internacional de Energia Atômica disse não ter nenhum comentário imediato a fazer sobre o relato.
Sob uma convenção internacional adotada após o acidente nuclear de Chernobyl em 1986 na então Ucrânia soviética, qualquer país deve notificar a agência da ONU sobre qualquer acidente nuclear que possa ter impacto a outros países.
A agência de notícias Interfax disse que um reator de 1.000 megawatts estava abrigado no bloco da Zaporizhzhya em que o acidente de sexta ocorreu.
Demchyshyn disse que o bloco afetado foi provisoriamente desconectado do sistema de energia elétrica, embora seus reatores continuassem a trabalhar normalmente.
"A geração de energia da usina não está sendo utilizada. Acho que o problema estará resolvido até sexta-feira", disse.
O acidente causou um leve impacto no sistema de energia ucraniano, mas Demchyshyn disse que pediria aos principais consumidores industriais que fizessem uma "restrição voluntária" no consumo de energia.
A Ucrânia produziu mais de 60 milhões de toneladas de carvão no ano passado, fazendo do país autossuficiente em eletricidade e carvão.
Separatistas que lutam nas regiões de Donetsk e Luhansk desde junho assumiram o controle de 66 minas de carvão, no entanto, deixando as usinas termelétricas ucranianas com fornecimento insuficiente de matéria-prima.
(Reportagem de Natalia Zinets e Pavel Polityuk)
Fonte: R7
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