Número de favelas em Dourados cresce na administração de Murilo Zauith

27/02/2014 10:06 Política
Moradores de áreas ocupadas em Dourados sofrem com a falta de assistência da prefeitura. Eliel Oliveira/Reprodução Facebook
Moradores de áreas ocupadas em Dourados sofrem com a falta de assistência da prefeitura. Eliel Oliveira/Reprodução Facebook

Falhas no programa habitacional proposto pelo prefeito Murilo Zauith (PSB) provocaram o crescimento no número de favelas em Dourados. Reportagem exibida pela TV Rit revela que atualmente existem ao menos cinco áreas invadidas por pessoas que não têm moradia. Elas vivem em condições degradantes, sem qualquer tipo de assistência do poder público local.

Essas invasões de terrenos públicos e privados em Dourados são motivadas pelo desespero de famílias inteiras. Pessoas há mais de cinco anos cadastradas no Departamento de Habitação da Prefeitura de Dourados continuam à espera da tão sonhada casa própria. Diante dos sorteios que deixam de contemplá-las, recorrem às ocupações.

“Hoje existem pelo menos cinco áreas invadidas por sem-tetos em Dourados abrigando mais de 500 famílias que lutam pela casa própria ou pelo menos por um terreno onde possam construir a moradia para assim fugir do aluguel”, informa o jornalista João Rocha na matéria exibida pela Rit.

Segundo a reportagem, a maior área ocupada no município está no Jardim Clímax, no terreno onde funcionava a sede do CAD (Clube Atlético Douradense). Nessa localidade vivem em condições precárias aproximadamente 360 famílias.

Outras 50 famílias ocupam um terreno particular que não teve a localização informada na matéria. Elas se somam a 58 pessoas que montaram barraco aos fundos do Parque do Lago I, próximo a uma área de preservação ambiental. Situação semelhante vivem mais 80 famílias que ocuparam os fundos do Conjunto Habitacional Ipê Roxo, também nas proximidades de área ambiental.

Em comum, todas essas famílias vivem inseguras diante da falta de uma política pública voltada a essas pessoas por parte da prefeitura. Homens, mulheres e crianças não têm respostas do prefeito e passam seus dias em meio à incerteza se vão conseguir a casa própria ou se serão despejados por ordem judicial.

Num dos casos mais recentes, no dia 11 deste mês famílias que estão acampadas em terrenos públicos na região do Jardim Clímax desde o início do ano foram às ruas protestar contra promessas não cumpridas pelo prefeito Murilo Zauith. Nessa oportunidade, fizeram uma passeata até a prefeitura para cobrar do gestor que cumprisse com a promessa de doar os terrenos, o que estaria registrado em vídeo.

A revolta dessas famílias foi motivada, além da falta de palavra do prefeito, pelo pedido de reintegração de posse que próprio Zauith fez à Justiça.

Fonte: 94 fm/André Bento

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