Odilon diz que pediu para ser investigado pela PF e quer provar inocência
Candidato ao governo do Estado, o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT) disse nesta terça-feira (dia 18) que pediu para ser investigado sobre as denúncias de Jedeão de Oliveira, que foi seu funcionário por 20 anos, e quer provar inocência.
O procurador regional eleitoral de Mato Grosso do Sul, Marcos Nassar, determinou que a PF (Policia Federal) abra inquérito para apurar as denúncias e que cópia das declarações de Jedeão sejam encaminhadas à Corregedoria do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).
“Quero provar para todo mundo que sou inocente e não tenho nada a temer. Essa manifestação do Ministério Público Federal, na verdade, é um pedido para avaliar toda a história e até, se for o caso, apresentar denúncia de calúnia contra o Jedeão”, afirma Odilon.
O candidato relata que a PF tinha concluído inquérito em 31 de agosto e que não havia indícios de irregularidades. “No dia 4 de setembro, procurei a PF para que fosse aberto inquérito sobre as denúncias”, diz.
Para Odilon, a denúncia é uma vingança alavancada pelo período eleitoral. “Vingança porque eu o demiti, mandei para a rua e ainda abri ação penal contra ele”, afirma o candidato do PDT.
Declarações - Por meio de um documento, com firma reconhecida em cartório em Bauru (interior de São Paulo) e entrevista à Folha de São Paulo, Jedeão, que foi funcionário de confiança por mais de 20 anos do juiz, fez acusações que incluem venda de sentenças, negociata para beneficiar traficante e manipulação para majorar número de apreensões.
Desde as denúncias de sumiço de dólares na 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande e sua demissão, no ano de 2016, Jedeão mora em Cuiabá. Ele justificou que foi para a Capital do Mato Grosso por medida de segurança.
Com 23 páginas e firma reconhecida ao custo de R$ 9,13 num cartório de Bauru. As “declarações por instrumento particular” datam de 15 de junho de 2018. Odilon é retratado por Jedeão como um exibicionista, que passava por cima da lei para investigar a quem quisesse através de uma agência própria de espionagem e de escutas clandestinas
Acusado de desviar R$ 11 milhões da Justiça Federal, o funcionário foi demitido e virou alvo de uma investigação, segundo ele, patrocinada pelo ex-chefe.
Delação – Em julho deste ano, Jedeão procurou o MPF com proposta de delação premiada. A intenção era firmar acordo na ação penal em que é réu por falsidade ideológica e crimes contra a fé pública.
Em agosto, procuradoria informou que "embora não houvesse elementos para colaboração premiada", o MPF analisava a narrativa apresentada por Jedeão para verificar a viabilidade de início de investigação”.
Devido à “notória repercussão” e “elevada gravidade” das denúncias, Nassar determinou os prosseguimento dos trabalhos e o encaminhamento de cópia das declarações de Jedeão à Corregedoria do TRF3. A investigação deve ser encabeçada pela Delecor (Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros) da PF, responsável pela operação Lama Asfáltica.
Fonte: Aline dos Santos e Leonardo Rocha / Campo Grandes News
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