PF faz busca e apreensão em empresa de filho de Lula
A Polícia Federal cumpre nesta segunda-feira (26) um mandado de busca e apreensão na empresa LFT Marketing Esportivo, em São Paulo, que pertence a Luis Claudio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Lula. A medida faz parte da Operação Zelotes, que investiga fraudes e tráfico de influência no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
A PF também faz busca e apreensão na sede da empresa Marcondes & Mautoni Empreendimentos – que, conforme revelou o jornal Estadão, repassou R$ 2,4 milhões à LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio.
Ao todo, são cumpridos seis mandados de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e 9 de conduções coercitivas em que a pessoa é levada à Polícia Federal para prestar esclarecimentos. A operação ocorre no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Piauí e Maranhão.
O empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da montadora Caoa, foi conduzido à sede da PF em São Paulo, onde prestou esclarecimentos. Ele é suspeito de ter participado de um esquema de compra de uma medida provisória que beneficiou empresas do setor automotivo durante o governo Lula, em 2009. Investigadores questionaram se Caoa patrocinou eventos esportivos. O empresário disse que já destinou recursos publicitários envolvendo golfe, futebol e futebol americano. Essa última modalidade é o ramo de atuação da LFT, de Luís Cláudio, que organiza torneio na área. A PF apura se a Caoa repassou recursos para a LFT por meio da consultoria Marcondes & Mautoni.
Em setembro, Caoa também foi conduzido à PF para prestar esclarecimentos envolvendo outra Operação, a Acrônimo, que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em órgãos públicos envolvendo o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Conforme Época revelou, Caoa é suspeito de ter comprado uma portaria no governo Dilma Rousseff, em 2014.
Foram presos preventivamente o lobista Alexandre Paes dos Santos e o consultor José Ricardo da Silva.
A decisão foi dada pela juíza federal Célia Regina Og Bernardes, em atendimento ao pedido da força-tarefa formada pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal, Receita Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda.
Fonte: Thiago Bronzatto, da Revista Época
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