Prefeito Wallas diz que sofre perseguição política
O prefeito de Itaporã, Wallas Milfont (PDT), diz que sofre perseguição de um grupo rival político do município. Isso estaria acontecendo desde que assumiu a prefeitura, em janeiro de 2013. A declaração do prefeito foi feita à reportagem depois que o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MS) apreendeu documentos em sua casa e na prefeitura, anteontem, durante a “Operação Layout”, que investiga suposto favorecimento de licitação na área de publicidade.
Se dizendo tranquilo sobre o caso, embora o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, chefe do Gaeco, tenha declarado à imprensa ter fortes provas de direcionamento para uma agência vencer a licitação, Wallas diz que a empresa contratada para cuidar da publicidade não levou um centavo dos cofres da prefeitura. A licitação válida por um ano, segundo ele, ocorreu em novembro do ano passado. Em dezembro assinou-se o contrato com a agência vencedora, sendo encerrado no início de abril deste ano, após um dos três integrantes da comissão que escolheu a agência vencedora ter procurado o Ministério Público e denunciar suposto favorecimento a mando de Wallas.
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“Isso muito me estranha. Se o denunciante participou da comissão julgadora em novembro, porque somente quatro meses depois fez esse tipo de denúncia”, indagou o prefeito. O denunciante, segundo o Gaeco, trabalhava em uma empresa terceirizada que prestava serviços à prefeitura e teria sido exonerado no início deste ano. A relação do denunciante com a prefeitura é alvo de investigação. Wallas entrou com representação contra o denunciante por “denúncia caluniosa”.
Perseguição
Wallas Milfont disputou a prefeitura de Itaporã em 2004, 2008 e somente em 2012 conseguiu ser eleito. Com 57,64% das intenções de voto contra 42,36% do concorrente, ele diz que desde que assumiu a prefeitura vem sendo denunciado no Ministério Público por todos os lados. “Já são mais de 200 denúncias, a maioria arquivada”, diz o prefeito.
O grupo que tenta tirá-lo do poder estaria fazendo guerra política. “A disputa é a todo momento, não é partido, é grupo político, pois eles migram de partido. Ganhamos deles as eleições em 2012, mas também perdemos em 2004 e 2008. É esse grupo que quer me derrubar”, afirmou o prefeito.
Para tentar tirá-lo do poder, Wallas diz que o grupo estaria dificultando até uma agenda com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “Não conseguimos uma reunião até hoje”, declarou. Ele reclama que reivindicações feitas ao governo como recuperação de estradas só foram atendidas após manifesto da população e repercussão na imprensa. Também questiona contrato assinado de R$ 587 mil pelo ex-governador André Puccinelli para recapeamento de ruas em Itaporã, mas até agora não liberados por Reinaldo.
Questionado se sente isolado no meio político, Wallas garantiu que não, pois tem o apoio de 11 deputados estaduais que tem sido parceiros com destinação de recursos ao município. Porém, lamenta não ter conseguido o mesmo apoio de Zé Teixeira (DEM), o mais votado em Itaporã na última eleição. Quanto à Câmara Municipal, considerou ter bom relacionamento institucional.
Fonte: Flávio Verão, O Progresso
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