Um reajuste na tarifa do transporte coletivo urbano em Dourados pode acontecer em breve se depender das reivindicações da empresa Medianeira, que é a responsável pelo serviço na cidade desde 2004. Na terça-feira (18) a empresa afirmou ter encaminhado para a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) um ofício solicitando que a administração municipal cumpra um acordo estabelecido em agosto deste ano, que prevê o reajuste tarifário.

Conforme declarado ao jornal Diário MS pelo diretor da empresa, Marcelo Saccol, o reajuste solicitado pela Medianeira em agosto não era nem de R$ 2,94 e sim de R$ 3,12.

A proposta aceita de R$ 2,94 teria sido feita pela própria prefeitura na época, que ainda sugeriu uma isenção de [Programa de Integração Social], Cofins [Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social] e ISS [Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza] para a empresa, o que estabeleceria uma tarifa de R$ 2,78.

A reivindicação da empresa volta à tona por causa do recente aumento da gasolina em todo o país. Essa foi a justificativa apresentada por Saccol. “Solicitei de novo o aumento por conta da alta do combustível. Estamos desde 2011 com tarifa congelada e ano passado prefeitura fez levantamento técnico para o qual houve uma votação no Conselho Municipal de Transporte em favor do aumento. Só que isso não foi executado. Nada aconteceu e estamos com uma situação realmente complicada. [...] não temos condições nenhumas de continuar trabalhando dessa forma”, declarou ao jornal o diretor da Medianeira.

Por fim, Saccol disse que o aumento não impacta diretamente na grande maioria dos mais de 600 mil passageiros que em média utilizam as linhas em Dourados. “80% dos usuários de transporte público ou são isentos, ou têm desconto na tarifa, ou são usuários de vale transporte que as empresas custeiam. Toda vez que sobe o salário dessas pessoas que utilizam vale transporte, por exemplo, eles pagam mais porque se tira 6% independente do valor da tarifa. Então o nosso argumento de que um reajuste só cobriria a defasagem dos últimos anos e não impactaria tanto no bolso é totalmente oportuno”, finalizou o diretor.

Agetran não se manifestou sobre o assunto
Ainda na matéria publicada na edição de quinta-feira (20) do Diário MS, o diretor da Agetran, Nelson Almirão, afirmou não ter conhecimento do ofício e não se posicionou sobre o possível reajuste.

 

Fonte: Thalyta Andrade/Dourados News